encontro

a chuva desaba infinita e nada de Andresa. os cigarros permutam ensinando um a um o segredo da brasa, mas nada de Andresa. havia uma hora de espera, os ponteiros lentos na parede do bar são impiedosos, mas Andresa continua sem compromisso e ausente. o telefone celular anuncia uma mensagem de texto, enquanto ele ja adivinhava o remetente e o tema. ele chegou, desculpe não posso ir hoje. buscando a última e escura fumaça no cigarro, jogou a chepa em brasas no chão, pisou nela como raiva, maldito marido, quando um ônibus surge na cortina azulada da chuva, embarcou enxarcado e grave até que a nave partisse avenida a fora

Den
Enviado por Den em 21/11/2008
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