De Clara e de Marcos - a entrega

Fim de tarde. Que dia foi esse. Cheio de contratempos e impertinências. Um sufoco. Calor demais, gente demais, café demais. E o que é bom se apresentava de menos. Queria ver Clara ainda hoje, se pudesse iria fazer amor com ela até de manhã. Marcos estava cansado, mas a idéia de estar com sua companheira de aventuras sexuais, o estimulava.

Clara é uma mulher bem decidida, liberal, mas nada de pervertida. Muito bem comportada, adora fazer amor com Marcos. Estão juntos desde setembro de 2000.

Tudo começou com um inocente bilhete dentro de uma sala de aula de um curso de capacitação que ambos faziam. Ela sempre bem-humorada, brincava nas horas certinhas. Ele, um pouco mais tímido, só observava.

Certo dia, enquanto enviava um bilhetinho para uma colega, com uma piadinha sobre o professor, Clara notou que Marcos a "comia" com os olhos. Sem intimidação alguma, Clara perguntou-lhe se também queria um bilhetinho. Marcos, com um sorriso de soslaio, disse que sim. E o bilhete chegou em suas mãos: "Quando penso que tudo está perdido, eis que me encontro plenamente em você!" Marcos tremeu, guardou o bilhete no bolso e não olhou mais para Clara.

O curso duraria um ano. Tempo suficiente para as coisas evoluirem para um relacionamento íntimo. E assim, se deu, melhor se deram.

Chovia e fazia frio. Clara havia levado seu carro para revisão. Marcos, criou coragem e ofereceu-lhe carona, que Clara prontamente aceitou. No caminho, nem tão longo assim, o carro ia lentamente, quase parando, na tentativa de Marcos esticar o tempo. Á música inspirava os dois, e a comentaram. Estavam próximos de um parque e Clara de súbito falou: - Vou descer aqui... e abriu a porta do carro, saindo. Marcos foi atrás: - Que houve? Clara puxou-o para si e beijou-lhe a boca desejosa de todo seu sabor. Ambos molhados...

Aquela noite foi longa. Na casa de Marcos, beberam vinho branco. Ouviram músicas românticas. Dançaram e se acariciaram bastante. Inevitável tesão. No chão da sala, despidos e enebriados de desejo, se amaram, transaram. Satisfeitos, começaram tudo novamente. E desde então, não pararam mais de se entregar por inteiro um ao outro. Amor, paixão, tesão, cumplicidade, felicidade...

NENINHA ROCHA
Enviado por NENINHA ROCHA em 07/04/2006
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