NO METRÔ

Sexta-feira, sete da manhã. Metrô lotado, Jonas tenta entrar, não consegue. Com certeza, outra bronca por atraso; o chefe não largava do pé. Brigava com a mulher, descontava nele. Que culpa tinha do zero à zero deles? Mais um, entra. A loja abre às oito, mas ele entra sete e meia. Matutando, olha a moça ao lado. Bonita, bem vestida. Com certeza, estudante. Ele, um duro. Não era para o seu bico. Mas o desejo falou forte. Alguns olhares. Ele comenta qualquer besteira, ela responde. Conversam, trocam telefones. No almoço, liga. Conversa rápida, o cineminha da noite, garantido.

DARWIN FERRARETTO
Enviado por DARWIN FERRARETTO em 01/06/2006
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