Voltar pode não ser o melhor...
Abriu a porta... tudo como deixara ao sair. Intacto.
O café no bule. A xícara sobre o prato auxiliar.
O guardanapo dobrado. Fatias de pão cobertas com glacê.
Sentou. Com a colherinha pegou um pouco de
açúcar. Mexeu a mistura. Tomou alguns goles. Parou.
Descalçou as botas. Tirou o casaco. Passou as mãos pelo rosto
como se assim retirasse o cansaço.
Olhou em volta.
Defronte, imagens mentais, lembranças... apenas.
O lugar seguiria vazio... a outra cadeira, a outra xícara... ...
Nada seria tocado, usado, mudado.
A gargalhada ecoou até a guarita na esquina.
Em silêncio tumular recolheram o corpo...
perfurado pela solidão.