camisa não ganha jogo...

Numa época remota; em que o futebol como conhecemos, ainda não existia; um esporte muito parecido era praticado no interior do país. Consistia em um amontoado de jogadores correndo atrás de uma bola rusticamente elaborada, sem respeitar nenhuma regra. O jogo era disputado em terrenos de pastio, praticamente ao lado dos rebanhos. Valia tudo, pés, mãos, rasteiras, agarrões; alías, talvez tenha sido o precursor do “rugbi” atual.

Naquele dia para uma importante decisão, resolveram adotar um sistema de cores diferenciadas nas camisas, já que normalmente eram “com camisas” e “sem camisas”. Os de camisas vermelhas contra os de camisas brancas.

Seguia o jogo muito disputado, discussões acirradas, bola cá e lá. Uma decisão com os nervos a flor da pele. Tão emocionante estava que nem perceberam quando um touro bravio, em desabalada carreira, chifres em riste, investiu sobre eles, como um bólido. Aos gritos sem se importar com a bola, foi uma debandada geral. Não sobrou um para contar. Que camisa não ganha jogo, pode ser, mas que acabam, isso sim, principalmente as vermelhas. O touro que o diga !.