rumba
sem ofensas, querida
mas nada consola essa navalha
nada sobrevive sem o exame acurado
dos felinos insatisfeitos em cima do meu muro
houve um tempo em que para os príncipes
bastava uma palavra um gesto,
mas hoje dizem que papel e caneta resolve
o dilema de nossas alianças
basta pra mim hoje rumba, briza e vinho
não preciso de barba feita, camisa e sapato
preciso sim cruzar as pernas e a coragem
de quem fuma ou comete um assassinato