Pai Nosso

Após ser humilhado todo o dia no trabalho, perambulou pelos bares e encheu um pouco a cara. Quando retornou pra casa, encontrou o seu prato sobre o fogão. Frio... O filho, que tinha a incumbência, havia esquecido de acender o fogo do banho-maria. Procurou o moleque e o agarrou pela blusa, mostrando o punho fechado: “Te mostro moleque a deixar o meu prato frio”.

O filho chorou: “Não me bata, pai, que eu rezo um Pai Nosso pelo senhor, eu rezo um Pai-Nosso...”.

(de um conto de Joyce, de Dublinenses, de memória)