O amor dá sentido às existências

O avô aconchegado na varanda, numa tarde plácida de outono, observa a neta, adolescente, linda, seios enrijecidos, pernas à mostra e com o olhar fixo no horizonte. O pensamento certamente dando-lhe nós nos neurônios.

- Há em você algo de muito bom, querida! Disse o avô quebrando o silêncio.

- Sim, vô! - Há realmente em mim algo de muito bom. Respondeu ela, esboçando um sorriso largo e contagiante.

- E o vô não pode saber a origem de tudo isso, querida? Indagou o avô tentando bisbilhotar.

- Naturalmente que sim, vô! É o mesmo que lhe aconteceu, anos atrás, quando conheceu minha avó, lembra-se?

O avô recostou-se e num gesto sorridente respondeu-lhe:

- Sim, querida! Lembro-me como fosse agora!