A vingança perfeita.

Se tiver que perdoar não terei paz.

Se não perdoar, não estarei concedendo a paz.

A minha paz foi concebida em todo o bem que fiz, assim, posso usufruí-la gostosamente, até com um certo orgulho, sentimento vil, que, no entanto aceito em minha alma juntamente com todas as minhas contradições.

Às vezes, cara, eu não quero mais ser boazinha. Simples assim. Cansei.

Sempre a entender, sempre a estender a mão, a confortar, muitas vezes me deixei usar sem perceber.Sabes por que isto aconteceu?

Porque eu não percebia o mal nos outros, o mal que em mim não existia.Entendes isto? Pois é.

Cansei. Nada de perdão. Não agora. Um dia, quem sabe... Agora não.

Ele fica calado.

Intimamente ela sorri, o olhar é cândido, a vingança perfeita.

Jeanne Geyer
Enviado por Jeanne Geyer em 12/08/2010
Reeditado em 26/11/2017
Código do texto: T2433708
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