A dança simulada

Breves minutos uniram o improvável par numa dança simulada, eu desajeitado e inseguro com a minha máscara branca, e tu, uma rosa em flor num vestido avermelhado de cetim.

Como queria encontrar aquele conjunto mágico de palavras capazes de te divulgar o que o meu coração experimenta. Que te amo, sem ressalvas, a partir daquela primeira vez em que os nossos olhares se cruzaram, e tudo passou a fazer sentido. O permanente aperto no estômago porque tu permaneces sempre corrente em mim. Se cerro os meus olhos contemplo em fundo preto as linhas da tua face a branco. Se os abro, lá estás tu à minha frente, com o teu sorriso tranquilo, os cabelos soltos, olhos meigos que transmitem segurança, e esses teus lábios de mil promessas que desejo ardentemente sempre beijar. Amo a luz que irradias, a alegria de viver contagiante, a simplicidade que cativa, a voz doce, o teu perfume, o agradável movimento do teu andar, os contornos do teu corpo, as tuas mãos delicadas que visualizo pra sempre prender nas minhas…

As palavras ficaram perdidas no meu pensamento, os breves minutos passaram, a música terminou, e abandonamos a nossa dança simulada tal e qual como a iniciamos, eu desajeitado e inseguro com a minha máscara alva, e tu, uma rosa em flor num vestido avermelhado de cetim.

Tatiane Gorska
Enviado por Tatiane Gorska em 14/01/2011
Código do texto: T2728733
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