Queda para o alto... eu, insólito!

Os elementos transitórios sequestram e espelham a persona:

_Qual a senha para o teu retorno?

_Qual o acesso à tua chave mestra?

_Em que sentido o meu giro pontua a orientação do teu pensamento?

Os dentes se mostram e a saliva brilha no canto do dia...

Ele se debruçou na soleira dos seios, contou um segredo de cores azuladas e mergulhou num riso de tons avermelhados.

No trânsito das horas...

Deixou raspas da pele debaixo das unhas e um eco mudo invadindo as fibras dos tecidos daquele cenário. Vasos e glândulas inflaram, modulando a planície e mamilos verteram um alimento gelatinoso sobre as falésias sussurrantes.

Num instante, o céu turva... os ventos uivam e um tempestuoso voo migra...

Delírio, é a paixão que interroga:

_Quem deseja atravessar as paredes?

_Quem está aí... aqui?

Seilla Carvalho
Enviado por Seilla Carvalho em 03/02/2011
Reeditado em 05/02/2011
Código do texto: T2768705
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