Sobre a tarde..

 No quarto mal dormido, meias, lençóis, taças...Um fiapo de luz declina.
 Tudo  guarda  resquicios de ontem...
A janela traz um vento de flores primaveris, mas Adelline  cerra os olhos...
Ah, se hoje fosse ontem... Se o tempo não houvesse conspirado...
 Se a verdade não a tivesse atravessado janela adentro...
  Mas, a porta estava aínda entreaberta e o levara com o sol.
A mulher descobrira o romance secreto das noites ausentes, e mais...
O primeiro filho chegara também  e com ele o sentido e a força do adeus.
O adeus que já havia sido anunciado, e chegaria numa manhã qualquer...
E chegou. E agora? Pergunta ela à tarde. Esta dá-lhe  como resposta, o perfume de suas rosas... Rubras.