O ACIDENTE

Certa vez, Karol, indo para a escola presenciou um acidente de carro, seu primeiro acidente e assustou-se muito, o carro atropelou uma bicicleta e o ciclista foi ao chão, machucando e muito o braço, viu o osso sair e o sangue escorrer e o motorista em desespero descer do carro e tentar argumentar o fato, mas nada disto foi o suficiente para que lhe faltasse o ar e caísse ao chão desmaiado. Uma senhora ao ver a menina caída correu para ajuda-la e foi quando viu ser Karol, filha de sua inimiga, e decidiu ajudar a menina, levou-a ao bar da esquina e pediu para que avisassem a mãe da menina e fosse rápido pois ela parecia estar muito mal. Dna Ana ficou ali com a menina nos braços e abanando para que ela melhorasse e assim foi feito. A menina foi retomando a cor rósea, uma das características de Karol, e abrindo seus olhinhos amendoados. Pediu para Piléco chamar o farmacêutico e tentar ajudar de algum modo e o burburinho lá fora estava alto ninguém com exceção de Dna Ana viu a menina ao chão.

Quando chega Dna Olga, em prantos pela menina, retira a menina dos braços de sua “inimiga” e chora aos prantos e grita com Dna Ana, o que tinha feito à menina, porque a filha dela estava desmaiada e gritava não dando chances para as suas respostas. E chorava copiosamente vendo a expressão da menina branca, pálida e não podendo fazer nada nem se deu conta do acidente na esquina. Quando chega o farmacêutico e leva Karol nos braços até a farmácia com Dna Ana junta sempre um pouco distante, pois Dna Olga não aceitava que ficasse junto da menina. Na farmácia a menina começa a recobrar os sentidos e chama por Dna Ana, mas Dna Olga diz que ela não estava mais lá, e se precisasse de algo mamãe estava lá para ajudar no que fosse necessário. E Karol sempre chamando por Dna Ana. A mãe intrigada pergunta porque ela chamava tanto pela Ana, foi quando ela em tom fraco e respiração ofegante responde: - Mamãe, a Sra viu o acidente? Viu que o ciclista que se machucou muito? Viu quem é o motorista do carro? A mãe sem saber o que responder disse que não, nem sabia do acidente e a menina volta falar: - Mamãe, Dna Ana me socorreu e foi a única que se preocupou comigo, mas acho que nem ela reparou que o ciclista era seu esposo Sr. Vilmar e o motorista do carro é Papai e ainda assim, ela decidiu me socorrer ao seu marido muito mais machucado. Vá até o acidente, ajude Papai e o Sr. Vilmar e deixe Dna Ana aqui comigo, pois ela sabendo que eu estou bem, papai e seu marido estarão também. A Sra sai cabisbaixa e chama por Ana e pede que ela fique com a filha que assim que resolver um problema ela volta. Foi-se e Ana ficou junto à menina que já estava mais coradinha e mais viva. E ficaram conversando sobre vários assuntos.

Moral da história, muitas vezes uma criança é a resposta para muitas de nossas preocupações e porque não dizer de nossas birras. Prestem mais atenção às crianças e ao que elas têm a dizer. Pois por mais absurdo que seja, elas têm algo mais que um simples sorriso ou uma frase tola. Eles são vivos e sentem muitas coisas e muito mais puras do que nós, cheios de malícias e pré-conceitos.

Contista
Enviado por Contista em 12/07/2005
Reeditado em 02/12/2006
Código do texto: T33370
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