De dentes sujos

Pintou as maçãs do rosto com os dois indicadores sujos de terra preta, certificou-se que os seus punhos cerrados demonstravam veias pulsando paz, observou os pés descalços de cansaço e rumou ao viaduto mais próximo frente ao seu velho companheiro de rua, apenas para saber se o mesmo havia trago algo que lhe cobrisse o estômago e satisfizesse a sua alma por deixá-lo permanecer vivo, de olhos dispersos entre carros e angústias, só por hoje.

NietzscheCywisnki
Enviado por NietzscheCywisnki em 24/02/2012
Reeditado em 26/02/2012
Código do texto: T3516571