Meu nome é André
Nascido por aí, me crio gradativamente, das melhores maneiras que eu tento me impor, respeitando os meus sentimentos, as minhas agitadas ideias que vão e vêm de uma forma incessantemente exaustante, agindo sob o cuidado de não levar peso à minha consciência, rondando por entre bistrôs, motéis, avenidas movimentadas, bares lotados e casas desconhecidas à procura de um complemento que me falte, que faça com que o meu corpo se sinta por inteiro, sem exageros e levemente tranquilo. Dançando com gente esquisita que topo nas madrugadas de insônia forçada, caminhando com os meus polegares em peles estranhas e observando tudo que se passa ao meu redor, de maneira que eu continue exalando as poeiras urbanas e os perfumes mais suaves que a vida pode me proporcionar, eu sigo, portanto, sempre e cada vez mais em frente, dando caminho às experiências que se esbarram diante aos meus braços abertos e ao meu nariz empinado, como se o depois de amanhã nada mais fosse que um reflexo do que hoje me mantém vivo.