E o amor venceu.

Uma menina guiava aquele carro, uma temeridade, eu sei. Ela sabia, também. Conduzia muitas vidas ali: a dela, a dele e a de todos que os rodeavam.Almas às vésperas de se perderem na neblina da noite que se iniciava.

Ela, uma mulher feita, agia com criança ao lado do homem amado. Um casal de amantes ora em estres. O medo do fim assustava os dois.

Sentiam, também, o amor ali. Não era possível que tivesse desaparecido em tão pouco tempo. Mas a crise tinha sido séria.

Até então ela tentara ser controlar, agora liberava a dor. E destilava raiva também. Ele se defendia. Dizia que ela os havia conduzido àquele fim.

A avenida pela qual seguiam era extensa. Eles continuavam discutindo. Uma parada programada e a pausa na discussão.

Ela salta do carro. Resolve mais ou menos o que tinha que fazer e retorna. Esquecera o filme que iria entregar Riram de mais uma distração dela. A tensão já amainava.

Mas, logo era a hora de se despedirem.Um beijo pontuaria a relação em paz.Então, os rostos de aproximam, os lábios se unem, os olhos se fecham e os corações batem como antes.

A despedida deu lugar ao reinício. Nova chance. Novas promessas e a entrega. Renderam -se ao amor. Não dava para interromper o fluxo daquele sentimento ali. Ainda havia muita emoção e desejo. Ainda havia muito amor ali.

A noite continuou chuvosa, mas era agora um cenário ideal para eles. Ninguém os incomodaria. Nada romperia o encanto que eles reencontraram, após dias de medo e tensão.

Depois do arrebatamento , veio a calma, o equilíbrio. Eram mulher e homem maduros, tentando a felicidade. E o amor venceu, mais uma vez.

Evelyne Furtado
Enviado por Evelyne Furtado em 17/06/2007
Reeditado em 25/02/2009
Código do texto: T530973
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