inexistências de antes

hoje, sabe-se, que há uma voz que dói nalgum lugar entre o peito e o infinito de cada um, mas quando ela ainda vagava nas intermitências do sem rumo, não havia uma luz que a localizasse, até que ela correu estrada, e toda terra encheu-se de artérias. e a voz estradou com sua bagagem de caminhos de sobe-e-desce à lugares de outros lugares de outros caminhos, e percebeu que cada vez mais afastava-se do peito-casamoradia. então, a distância fez-se pássaro e voou. mediu os quilômetros na envergadura das asas e voou mais. estrada, caminho, feitos, até que não couberam mais na antecâmara do céu e foram a margem além da margem, assim, pisar as manchas entrecortadas de sombras e de sol. o sol. único caminho possível. enfim, nele, estradasangues poderem se encontrar-desencontrar nalgum lugar entre o peito e o infinito de cada um.

Henrique Pitt
Enviado por Henrique Pitt em 10/08/2015
Reeditado em 10/08/2015
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