A aliança

A cada olhar confirmavam-se as marcas do tempo confundindo a mente e os personagens. Era como se o ontem fosse hoje e este um outro dia qualquer.

Mas, de tudo estavam ali presentes as semelhanças que se repetiam, dando novos códigos e alterando as pistas.

A neta lembrava a avó em criança, pela astúcia e gosto em descobrir o novo como se saboreasse uma fruta caudalosa, apetitosa e macia.

Enquanto a primeira escondia-se entre franja e cabelos longos e casuais, esvoaçando ao vento do passado; a última fazia-se notar sempre, no presente, seja pela inteligência astuta, ou pelos enormes olhos abertos na captura de toda novidade e beleza que o dia trouxesse.

À mãe e filha coube a alquimia dos tempos e continuidade genética do aprender a amar, confiar e olhar o futuro com a calma que a maternidade sabiamente ensina.

Assim, olhar o passado é como ver o presente que sugere o ontem na imagem da(s) mãe(s).

Uma aliança genética a ser aprimorada a cada dia.

anna celia motta
Enviado por anna celia motta em 21/10/2015
Reeditado em 21/10/2015
Código do texto: T5422504
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