passagem do tempo

Passagem do Tempo, é um local onde nunca estive. Aqui tiro um pircing que nunca usei, para escrever sobre esta experiência que nunca tive. Continuo interessado neste tema "passagem do tempo", procuro aqui viver fisicamente. A experiência dura o tempo da leitura, pode durar a vida.

Passagem do Tempo, é como se eu tivesse resolvido escrever Coimbra do Choupal em vez de Coimbra. Acrescentei a Passagem, do Tempo, esta viagem. Quando regressar dela já não terei a marca do pircing no nariz que estará, de novo..., sem marca.

Ficcionar a realidade, ser aquele que usou um pircing no nariz, é ter uma experiência cuja vivência se pode viver como experiência deixando da “passagem do tempo” marcas subtis: nunca mais o meu nariz será o mesmo, durante este tempo terá sido "outro".

Depois disto, hei-de olhar para o espelho e pensar que já não se notam as marcas do pircing. Não faço ideia do tempo que irá passar até olhar para o espelho sem encontrar a marca, desta memória imagi_nada..., nessa altura terei percorrido toda a "passagem do tempo".

Abandono agora Passagem, o Tempo passou rápido, a memória não sei, essa é a história das coisas que escrevemos. Passagem fica como um lugar de passagem, uma estadia para um microconto onde a história, verdadeiramente, começa e não acaba.

{Quando escrever o título - vou alizar a areia, deixar sem marcas - a minha passagem física por Passagem... do Tempo que lá/cá estive. Espiritualizemos...}

Francisco Coimbra
Enviado por Francisco Coimbra em 26/07/2007
Reeditado em 26/07/2007
Código do texto: T580030