Rumos incertos

Ele cravou os olhos azuis nos olhos dela, olhos castanhos pelos quais se havia interessado, olhos que lhe falavam de ternura, abriu os lábios numa tentativa de falar, fechou-os em seguida, numa hesitação que lhe acontecia ultimamente, não expressou o que tinha vontade de expressar, não queria feri-la, preferia continuar conversando toda a vez que se encontravam, preferia sentir aquela presença agradável, meiga: na verdade ela lhe proporcionava paz, mas não queria prometer o que talvez não estivesse em condição de cumprir, sorriu, tocou-lhe o braço e se despediu, dizendo que esperava reencontrá-la breve. E cada um tomou o seu rumo, perdendo-se pelos caminhos da cidade.