De peito aberto

Ela não esperava nada além de um final de semana. Não cogitava sair da frequente inércia sentimental e casual que se encontrava. Mas o movimento sempre parte do repouso. E nesse baile, como se fosse a lua, dançou honestamente como se estivesse nua, cantou em letras de sorrisos como se a noite fosse somente sua e se deitou na ignorância de quem espera os ladrilhos feitos por outro naquela rua, por onde passam os sonhos e habita um já quase desconhecido coração.