SORTILÉGIO DO MEDO

Solitária e medrosa, a moça velha toda noite cumpria um ritual: olhava debaixo da cama e atrás das cortinas pra ver se não tinha ladrão escondido. Certo dia encontrou um peão. Atacada, não resistiu ao assédio. Aquela flor fenecendo abriu-se para o amor. Delirava em espasmos de gozo. Até que o despertador pôs fim à aventura onírica. E pela primeira vez acordou molhada....