Cicatriz

Assim, de sopetão, lembrou da cicatriz que tinha no joelho. Deu saudades ou apenas uma lembrança, mas arregaçou as calças até visualizar a marca (bem menor do que quando feita). Passou o dedo por cima. Lembrou. Brincadeira de criança. Na verdade havia sentido a dor do choque inicial. Havia sentido a dor nos dias seguintes enquanto não cicatrizava. E por que não dizer que ainda sente a dor quando o tempo muda (?). O que importa mesmo é que ela está lá (e sempre estará) para lembrar. Nem toda cicatriz é triste.

Paula Cury
Enviado por Paula Cury em 02/11/2005
Código do texto: T66525
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