O Revolucionário

Andava calmamente entre as multidões. Gritos de ordem, músicas patriotas. As bandeiras vermelha gritavam por si. Todos em puro êxtase. Todas as lojas fechadas, enquanto se podiam ver alguns comerciantes olhando de quebra nas janelinhas ou nas frestas das portas com o semblante de dar dó. Mas dó ali ninguém tinha. Não agora. Finalmente tudo se vez valer a pena. Ele caminhava solitário por entre a multidão. Uma mochila rasgada, de onde se podiam ver alguns dois ou três livros, talvez uma agenda enrte eles. No empura-empurra chegou a perder um de seus chinelos. O terceiro livro (ou quarto) estava em sua mão. As pessoas o empurravam, era uma euforia só. A revolução havia superado. E ele, continuava caminhando, por entre a multidão, que se olhasse de cima, é como se ver um formigueiro de formiga 'lava-pé' quando se pisa em cima. Ele continuava caminhando, calmamente. Em sua mente, se passava mil coisas. Ele era apenas uma formiguinha ali no meio. E foi ele quem liderou a revolução.

Thierry Antenor
Enviado por Thierry Antenor em 22/11/2005
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