A viagem 

13 de maio de 1888, 23h e 14 min...

O escravo fujão,
de paletó e cravo na lapela,
ora jaz abandonado na capela tosca
junto ao cravo de sua cruz.

Na senzala,
apodrece o feijão pagão do santo guerreiro,
e o terreiro batuca
o tum-tum-tum da liberdade!

“Três vivas à princesinha branca!”

O escravo lívido
enfim é livre,
como fora o ex-cravo,
único companheiro
a glorificar-lhe a inédita viagem da paz...