Sem Título #2
A constituição frágil, as olheiras, os precoces fios brancos, o cansaço, as mudanças.
Certamente não era o mesmo. Nada havia permanecido, exceto talvez o descaso.
Os dois lados da moeda, fundidos. As veias saltadas, pulsando, pulsando, pedindo. Mendigando doses esporádicas de vida; A boca seca, sem saliva, sem sabor, e ao redor...ao redor parecia haver tudo, mas não havia significado.
Bizarro e monótono e bucólico como um filme iraniano, mudo.
Um fluxo contínuo, passos desinteressados arrastando-se por sequências imensamente longas de cenas sem sentido e toscamente ordenadas pra serem assim, pra sempre ou quase, sem clímax.
Créditos indecifráveis e tristes e fim.
(...)