Meu doce amigo

Meu doce amigo...

Na casa de Leandro...

_ Íris você tem certeza? – pergunta seu grande amigo Leandro.

_ Claro Leandro! Você acha que eu iria mentir para você? Ou brincar com isso?

_ Claro que não! Eu sei disso!

O rapaz se levanta da cama e caminha pelo quarto como fera enjaulada.

_ Não acredito que ela fez isso! Ela não pode ser assim!

Leandro tinha vinte e oito anos, morava em sua casa própria e sozinho. Trabalhava em um laboratório de analises, era o chefe da equipe de analises.

Ele e Íris eram amigos há mais de nove anos, dividiam tudo; um sempre ajudava ao outro. Muitos pensavam que eram namorados.

Porém, cada um tinha seu amor e ambos estavam passando neste momento, por problemas sentimentais.

_ Cássia não podia ter me traído, amiga!

_ Ela não te merece meu amor! Não se deixe abalar! Tente vencer o orgulho ferido! – diz ela abraçando-o.

_ Vou dar o troco e ela saberá! – diz aceitando o abraço.

_ Se fosse assim, teria que ser com quem ela tem mais ciúmes! – diz ela.

_ Então está fácil!

_ Por quê? – pergunta se afastando.

_ Ué, ela morre de ciúmes de você! E como você está aqui, então...

_ Deixa de ser bobo, seu bobo! Nunca que ela iria acreditar!

_ É simples! Ligo para ela, ela vem aqui e nos encontra aos beijos!

_ Bobão! – ela pega a bolsa para ir embora – tenho que ir, senão chego atrasada! Tenho prova hoje!

_ Está certo! Quer que eu te leve?

_ Não, não precisa não! O ônibus está quase passando! Liga-me não hora do intervalo!

_ Vou ligar sim!

Algo estranho acontece...

No momento em que se despedem, um beijo é trocado sem querer e uma doce sensação preenche os corações. O beijo se torna intenso e cheio de desejo, que só é quebrado pelo toque do celular dela.

_ Não atende! – sussurra ele.

Ela se afasta atordoada e atende.

_ Oi Ítalo!

_ Oi gatinha! Onde você está!? – pergunta o namorado.

Os olhos de Leandro não liberam os dela e a respiração ofegante denuncia o desejo e a tensão.

_ Indo para a faculdade!

_ Vou buscá-la então, está bem amor?

_ Certo gatinho! Eu te espero então!

_ Eu te amo minha linda!

_ É eu sei!

Assim que desliga, o silêncio os envolvia...

_ Íris...

_ Tchau Leandro! – quase correndo ela sai do quarto.

Ele vai até a janela e fica a observar se afastando não sem tocar os próprios lábios...

_ Mas, o que houve?

Toca então seu próprio celular...

_ Oi meu lindinho! – fala a namorado do outro lado da linha – O que está fazendo?

_ Na verdade, agora nada! – responde pensando ainda na amiga e no beijo trocado.

_ Está sozinho?

_ Agora estou!

_ Quem estava aí?

Quando ia responder ela interrompe e fala:

_ Nem precisa me dizer... Deixe-me adivinhar... Já sei! A doce Íris! – diz com cinismo.

_ E como é doce! Nunca imaginei! – sussurra ele.

_ O que Leandro?

_ Nada não! Depois te ligo! Tenho que sair! – fala desligando o celular.

Na faculdade...

_ O que houve Íris? – pergunta Tairine, sua melhor amiga.

_ Nada não! Só estou meio cansada! Que bom que não teremos todas as aulas e nem a prova!

_ Verdade! E Ítalo vem buscá-la agora?

_ Agora ele não poderá! Vai sair com dona Rebeca!

_ Quer carona?

_ Obrigada amiga, vou ver se estudo mais um pouco aqui!

_ Então vou indo amiga!

Quando se vê sozinha na sala, ela senta-se e abaixa a cabeça sobre os braços, o pensamento volta ao beijo novamente e ao dono dos lábios. Num repente, ela ergue a cabeça e o vê em pé á sua frente.

_ Leandro!

_ Vim buscar você! Temos que conversar!

Ele pega seu material, segura-lhe a mão e a leva em direção ao estacionamento, onde estava a moto. Como já era de costume, ele a ajuda a colocar o capacete e a subir na moto. Só que dessa vez, os corpos sentem uma energia nova ao se tocarem.

Quando dá por si, se vê entrando com ele, em um maravilhoso quarto de motel.

Ele coloca as coisas sobre uma mesinha, pede um lanche para ambos e enquanto aguardavam, ela a senta ao seu lado no sofá.

_ Por que aqui? – pergunta ela.

_ Lá em casa não daria certo. Cássia poderia ir até lá!

_ Cássia! – ela olha ao redor e com uma pontada de ciúmes pergunta – Já a trouxe aqui?

_ Aqui não! Íris, eu...

Nesse momento chega os pedidos.

_ Venha vamos lanchar, pelo que conheço de você, ainda nem comeu nada!

Ela ri e vai à direção indicada. Comeram em silêncio, algo inédito entre eles, pois sempre tinham o que falar e agora, a timidez os dominava.

Íris mal consegue comer e logo se levanta, tomando o refresco de laranja, enquanto Leandro termina seu lanche.

Minutos depois, ele se aproxima, tira-lhe o copo das mãos...

_ Íris, eu...

E novamente os lábios se encontram ávidos e saudosos.

_ Ah Íris!

Momentos depois, ela se vê entregue à paixão arrebatadora. As peças de roupas jogadas e o amor falando mais alto.

Um momento de desconforto a envolve, para logo em seguida ela se entregar sem reserva alguma.

_ Leandro! – sussurra ela atingindo o clímax junto com ele.

Minutos depois ele enche a banheira e a leva nos braços para lá.

_ Quero você de novo Íris! Como conseguimos ficar tanto tempo longe um do outro assim?

_ Não sei! Mas, preciso de você e agora!

Já em casa...

_ Filha, Ítalo ligou! O que houve que demorou?

_ Ah, fomos na casa de Raíssa para tomarmos um banho de piscina. Vou tomar um banho e vou dormir.

_ Não vai ligar para ele?

_ Ele quem?

_ Para o seu namorado minha filha! O que houve com você heim?

_ Ah nada mamãe! Estou só cansada!

Estava deitada quando o namorado liga...

_ Diga que estou dormindo mamãe!

Mal desliga o telefone, este toca novamente.

_ Oi Leandro! Como vai você? Íris? Ela... – e a mãe a houve gritar:

_ Já estou indo mamãe!

_ Já está vindo rapaz! Sabe me dizer se ela brigou com o namorado?

_ Não! Por que dona Jéssica?

_ Ela não quis falar com ele ainda agora!

_ Que bom!

_ O quê? – pergunta sem entender.

_ Nada não! Mas, vou tentar descobrir!

_ Vou desligar, ela já pegou o telefone no escritório! Tchau meu querido!

_ Tchau mãe! – diz ele, pois sempre a chamara assim.

_ Oi minha preciosa! Como você está?

_ Cansada e relaxada! – ri ela – E você?

_ Querendo você aqui! Tenho chances?

_ Hoje? Agora?

_ É! E já!

_ O que falaria para minha mãe?

_ Ah ainda está cedo! Estou passando ai!

_ Mas...

_ Estou passando ai para pegar você preciosa!

Ela fecha os olhos, passa as mãos pelos cabelos lisos e avermelhados, deixa-se então dominar por esta doce loucura de amor.

_ Mãe, vou sair com Leandro e depois ligo!

_ Que horas vai voltar?

_ Aviso está bem?

Minutos depois...

_ Minha preciosa!

_ O que estamos fazendo Leandro?

_ Nos descobrindo!

E dentro do carro, na garagem da casa dele, novamente se amam.

Momentos mais tarde, vestida em uma camiseta enorme dele, ela liga para a mãe e diz que só iria embora no outro dia.

_ E agora? – pergunta ela sentada no colo dele.

_ O que você deseja?

_ Quero pizza, estou morrendo de fome!

_ É para já! – fala ele beijando-lhe o colo desnudo.

_ Leandro, não me enrole!

Uma semana depois...

_ Como pôde Leandro?

_ Eu? E você? Como pôde fazer isso comigo também?

_ Você disse iria terminar com a Cássia, ainda mais depois que ela te traiu!

_ Mas, eu dei o troco!

Íris o olha e com os olhos marejados de lágrimas, fala com a voz cheia de dor:

_ Então foi isso? Eu só fui o troco? Oh meu Deus, como pude ser tão tola! – e sai correndo da casa dele.

_ Íris, não é...

Ele a deixa ir, pos a confusão se fazia em seu coração também.

_ Ela também não terminou com o Ítalo!

E as semanas voam... Passou-se um mês e meio, sem que visse ou ouvisse falar de Leandro.

Íris estudou com afinco e passou a dedicar todo carinho ao namorado, com quem reatara depois da última conversa com Leandro.

_ Sabia que te amo muito minha preciosa? – diz Ítalo tentando fazer-lhe um carinho mais ousado.

Ela ouve o “minha preciosa” e permite que ele a toque, porem, os seios estavam por demais sensíveis e ela emite um gemido de dor.

_ Machuquei você?

_ Não é isso, é que estão muito sensíveis ultimamente!

_ Vou com cuidado!

Ele tira sua blusa deixando-a só com sutiã e fica a admirar os seios fartos e arredondados.

_ Estão diferentes! – fala ele tocando um mamilo bem de leve com os dentes.

A dor é maior e ela se levanta.

_ Não, pare Ítalo! Não está dando certo!

_ Mas, preciosa...

_ E pare de me chamar de preciosa! – diz vestindo a blusa.

_ Mas, preci...

_ Chega, não dá mais!

_ O que não da mais Íris?

_ Nós dois! Preciso de um tempo só para mim!

_ O que eu fiz?

_ Você? Nada! Sou eu mesma! Não dá mesmo!

_ O que houve? É outro?

_ Sim, estou amando outra pessoa!

_ Quem é? O Leandro?

O coração falha uma batida...

_ Por que o Leandro?

_ Vocês só vivem juntos!

_ Mas nem nos falamos mais!

_ Por isso mesmo! Está muito estranha! Aconteceu algo muito mais sério entre vocês! – ele a observa e fala – Você está grávida dele?

_ Grávida? Eu?

Ela repassa tudo o que vivera em sua mente e se deixa cair no sofá da casa do namorado.

_ Ítalo, não dá mais! Provavelmente eu esteja grávida! E vou embora para Anápolis daqui a dois meses, não sei!

_ Adeus Íris, seja feliz! – diz ele virando-lhe as costas.

_ Você também!

Quando chega em casa, a mãe não estava e ela vai tomar um banho, onde todas as lágrimas retidas são liberadas.

A mãe chega e escuta o choro da filha... Ela abre a porta do quarto da filha e entra...

_ Você está grávida do Ítalo? – pergunta ao notar a mudança nos seios.

_ Não!

_ Que bom! – diz com alívio.

_ Mas, é do Leandro!

_ O quê? – a mãe cai sentada na cama.

Íris conta então toda a história para a mãe.

_ Vou morar na casa da vovó em Anápolis!

_ Por quanto tempo?

_ Até o bebê nascer!

_ Já foi ao médico?

_ Não! Pois não sabia até agora, o Ítalo que chamou minha atenção!

_ Então ele sabe e sabe de quem é?

_ Sim e sim!

_ E Leandro?

_ Não sabe ainda e nem quero que saiba!

_ Vocês têm que conversar!

_ Vou fazer o exame primeiro!

Duas semanas depois...

_ Oi Leandro! – diz ela entrando na porta que ele abria – Vim falar com você!

_ Que bom que você está aqui minha doce Íris! – diz ele abraçando-a.

_ Você ainda está namorando a Cássia?

_ Sim! Estamos namorando sim!

Ela se afasta e apenas fala:

_ Adeus Leandro!

No outro dia ele vai até a casa da amada.

_ Oi mãe! Quero falar com a Íris! – diz ele entrando na casa.

_ Oi meu filho! Ela foi fazer um curso em São Paulo.

_ Quando ela foi?

_ Ontem á noite!

_ E volta quando?

_ Ainda não sabe! Mas, falo para ela que você ligou!

_ Obrigado, mãe! Tchau!

Jéssica lhe dá um abraço e quase conta à verdade. Mas, precisava saber se ele realmente gostava de sua filha.

Um mês passou e ele ligava para casa de Íris quase todos os dias.

Um mês corrido...

Leandro tomava um chope na lanchonete de um amigo, quando entra Ítalo meio grogue e com uma exuberante morena ao seu lado.

_ E aí meu chapa! – fala sentando-se à sua frente – Qual a sensação de roubar a namorada dos outros e ainda lhe fazer um filho?

_ Como é aí?

_ Isso mesmo que ouviu! – fala o outro saindo com a namorada a tiracolo.

_ Será?

Minutos depois, ele se encontra na casa de Íris.

_ Oi dona Jéssica!

_ O que houve com você rapaz?

_ Íris está esperando um filho meu?

_ Quem lhe contou?

_ Ítalo!

Jéssica olha para o rapaz atormentado à sua frente e fala:

_ Está sim! E o que eu não entendo, como você, sendo seu melhor amigo, pode agir assim com ela!

Ele abaixa os olhos e começa a chorar.

_ Quanto tempo ela está de gestação?

_ Uns quatro meses!

_ E onde ela está?

_ Ela não quer falar com você! Venha semana que vem, ela vai ligar e você fala com ela.

A semana se arrasta e Leandro não sabia mais o que fazer.

_ Como demorou a passar esta semana! – diz ele – Ela já ligou?

Nesse momento o telefone toca...

_ Atenda! É ela! Vá atender lá no escritório! – fala a mãe da moça.

_ Mas...

_ Vá logo!

_ Alô?

_ Leandro? O que...

_ Preciosa, é você!?

_ Sim, sou eu! Como vai você?

_ Quero saber onde você está com nosso bebê! – pergunta ele de supetão.

_ Onde está minha mãe?

_ Por que não me contou?

_ Você preferiu a Cássia. Fui até sua casa para contar lembra?

_ Eu estava com ciúmes de você com o Ítalo!

_ Nem namorando ele, eu estava! – pausa – Como soube da minha gravidez?

_ Encontrei co ele na lanchonete do Todd... Estava meio embriagado e me contou!

_ Pobre amor! – diz ela sincera.

_ Amor? Ele estava muito bem acompanhado por sinal! – respira fundo – Como ele sabia e eu não?

_ Ele percebeu que eu estava grávida. Descobriu no dia em que tentou fazer amor comigo e eu não consegui!

_ Vocês o quê?????

_ Isso mesmo! Mas, vim embora e ele sabia também que eu estava vindo para cá.

_ Onde você está Íris?

_ Não vou dizer! E nem sei se quero te ver mais! Ainda, mas, depois das duas semanas maravilhosas que passei com Ítalo aqui!

_ Como assim?

_ Isso mesmo! Eu estava deprimida, triste e me sentindo a última das criaturas, quando ele chegou de surpresa.

_ Você e ele??

_ Não, ainda não tivemos uma relação! Mas, não está tão longe. Descobri nele uma pessoa maravilhosa, um homem bom, justo e muito carinhoso.

_ Por que não me procurou?

_ Para que Leandro? Você sempre soube da minha vida! Tudo sabia! Foi meu amor primeiro e é o pai do meu filho, e ainda tinha que procurá-lo? O incrível, é que o Ítalo que foi traído e trocado, me procurou e veio até mim! Apoiou-me e está sempre a minha disposição! – pausa – E ele ainda me pediu em casamento, só está esperando uma resposta minha. Quer casar comigo assim que o bebê nascer, mas, provavelmente casaremos antes.

Leandro solta o telefone, anda pelo escritório e volta a falar num sussurro:

_ Você vai aceitar?

_ Eu o quê?

_ Você vai aceitar?

Pausa do outro lado.

_ Eu não sei!

_ Ele estava com uma namorada quando o encontrei!

_ Eu sei! É a Fiona. – pausa – Ele fala comigo todos os dias e vem me visitar de quinze em quinze dias. E quando ele vier, darei meu sim como resposta.

_ Por favor, preciosa... – a dor se faz notar na voz masculina – Eu te...

_ Adeus Leandro! – fala ela desligando o telefone.

As lágrimas escorrem abundantes pela face sofrida e magoada de ambos.

Vinte dias depois...

Íris em um vestido florido e leve, sandália baixa, uma maquiagem suave e os cabelos naturalmente negros, pois não pintara mais e cortara até a altura do queixo; estava mais bela do que nunca. A barriga de cinco meses de gestação dava-lhe um ar irradiante.

_ Oi amor! – fala abraçando o amigo amado e beijando-lhe o rosto – Estava com saudades!

Ele a abraça e fala num sussurro num misto de dor e algo indefinido:

_ Eu mais ainda! Só que não vim sozinho! Trouxe alguém comigo.

Então ela olha para o lado e o vê... estava mais magro abatido e barbudo. O coração sofre por vê-lo assim e a saudade se faz mais forte.

_ Oi preciosa...

_ Oi Leandro! – responde sem sair dos braços protetores do amigo e ex-namorado.

O ciúme corrói o coração de Leandro.

_ Vou falar com vovó! – diz Ítalo deixando-os a sós.

Leandro então se aproxima e a abraça como há muito queria fazer, beijando-a em seguida com todo amor que tinha guardado dentro do coração!

_ Por favor, me perdoa! Não agüento mais ficar longe de você!

Ela passa as mãos pelo rosto amado e fala suave:

_ Me deixe pensar!

Ele se afasta olha para a barriga e emocionado pergunta:

_ Sabe se é menino ou menina?

_ Vou tirar a ecografia hoje, e Ítalo vai comigo!

_ Iria! Eu sou o pai e eu te amo! – fala beijando-a novamente – Eu te amo minha preciosa!

Íris deixa-se beijar, rendendo-se ao menos naquele momento ao amor que transbordava em seu coração.

Da varanda, Ítalo tudo via com a avó de Íris ao seu lado.

_ É meu filho! Os corações agora estão completos!

_ E eu vovó? Como fico?

_ O seu coração esta perto de ficar completo.

Nesse momento a prima de Íris, Gabriela, o chama:

_ Anjinho meu?

_ Vá meu filho e a faça feliz!

Ele não entende e vai até onde a moça o chamava.

_ Oi Gabi?

_ Você poderia me levar ao cinema?

_ Se quiser posso até lhe fazer companhia.

_ Jura?

_ Claro!

A moça, que tinha uma quedinha por ele a um certo tempo, o abraça e o beija de leve.

_ Você não se arrependerá!

_ Tenho certeza disso! – responde olhando-a nos olhos e beijando-a com mais vontade.

Enquanto isso lá fora...

_ Chega Leandro! Venha falar com vovó! Ela está nos esperando na varanda! – fala acariciando a barriga.

_ Posso? – pergunta ele olhando para a barriga dela.

_ Claro!

Ele se ajoelha à sua frente e acaricia a barriga, dando-lhe pequenos beijinhos.

_ Oi bebê, aqui é o papai! Como você está?

Nesse momento, o bebê mexe e eles sentem enlevados!

_ Ele mexeu, preciosa!

_ É, foi sim! E foi a primeira vez!

Emocionados os olhares dizem tudo.

_ Eu te perdôo amor!

Ele vai se levantando e sem deixar de olhá-la nos olhos, a abraça e num sussurro fala:

_ Eu te amo!

E a avó sorrindo sussurra:

_ Em fim, os corações encontram a paz!

Vitoriana Matheus.