Só há Trevas onde não há Luz - Parte II

JESUS NA MINHA VIDA

OBRIGADO, PAI, pelas mãos e braços fortes, que me possibilitam abraçar meus irmãos e retirar as pedras e espinhos que surgem em meu caminho;

OBRIGADO, PAI, pelas pernas sadias que me deste, oportunizando-me o trabalho para a busca do pão de cada dia;

OBRIGADO, PAI, pela visão que me faz enxergar as belezas das tuas obras:

OBRIGADO PAI, por desconhecer a fome, que aniquila nossas energias, arrefece nosso ânimo e desequilibra nossa alma;

OBRIGADO, PAI, pelo convívio diário com a natureza, onde Tua presença Divina se faz sentir, no desabrochar de cada flor, no sussurro da brisa suave que nos acaricia a cada instante;

OBRIGADO, PAI, pelo amor que devotas a cada filho, fazendo-nos irmãos, na família universal;

OBRIGADO, PAI, pela conquista da fé que tornou fecundo meu raciocínio, aproximando-me cada vez mais do teu amor;

OBRIGADO, PAI, pela tua presença assídua nas minhas horas felizes e de tribulações;

OBRIGADO, PAI, pelos teus ensinamentos, conduzindo-me ao caminho do bem, como um chamamento para a reflexão de um mundo melhor, mais justo e acolhedor.

OBRIGADO, PAI, por conceder-me tantas oportunidades quantas sejam necessárias, para reparar os meus erros;

OBRIGADO, PAI, por teres colocado JESUS em minha vida, como modelo para a minha transformação interior.

LAMPARINA A GÁS.

Como é difícil propagar a palavra do PAI e levar aos homens os ensinamentos deixados por seu Filho!

Que mal este ato lhes causa?

Por que tanto os incomoda?

Será se lhes aborrece ouvir a verdade?

Por que, até mesmo aqueles que mais amamos, se perturbam quando lhes falamos do Teu santo nome?

Será se cometemos algum crime, quando afirmamos que DEUS é nosso PAI e que JESUS é nosso Irmão Maior?

Será se eles ignoram que JESUS morreu para nos deixar o caminho da salvação, dando-nos o exemplo de humildade e de sofrimento?

Será se desconhecem que sem a caridade a salvação jamais será alcançada?

Será se desconhecem que devemos amar ao próximo como a nós mesmos?

Será se não sabem que pertencemos à mesma árvore genealógica divina? Que somos irmãos?

Se sabem, por que tantas vezes desejam ao próximo aquilo que não desejariam para si próprios?

Deus, meu PAI, JESUS meu Irmão, ajuda-me a ser benevolente, e a enxergar nesses companheiros, almas insipientes, que ainda não despertaram para a grandeza da vida, que é “nascer, viver, morrer, reviver e evoluir sempre”. Essa é a lei.

Reconheço as minhas imperfeições e peço-te que me ajudes a corrigi-las.

Ainda considero que meu espírito é envolto por uma roupagem escura, opaca e sem nenhum brilho, semelhante a uma lamparina a gás, cuja chama diminuta emite uma tênue claridade, mas que poderá espancar as trevas que denigrem o mundo.

Por isso Senhor, humildemente Te suplico: fazei que uma luz, embora esmaecida acenda-se em minha alma, aquecendo-a e despertando-a.

Não permitais que eu cometa hoje, os erros que pratiquei ontem.

Que o meu espírito, dia após dia, trilhe pelos caminhos traçados por Vós.

Que eu não dê acesso aos espíritos imperfeitos, evitando assim enveredar pelo caminho do mal.

Segura em minha mão, para que, fortalecido pelo Teu auxílio, possa evitar as quedas morais, preparando-me para ocupar um lugar em uma das Tuas moradas.

Que a partir deste dia, eu seja um dos que a humanidade persegue, por defender os ensinamentos do CRISTO.

Porém, Senhor, dá-me forças para superar estes obstáculos. Que o Teu Santo nome seja hoje e sempre respeitado por todo aquele que duvida do Tua potencialidade infinita.

Assim, SENHOR, poderemos ver as pequeninas chamas, substituídas por faróis luminosos que afugentem as trevas, tornando visível à grandeza das Tuas obras.

E assim, a paz, a harmonia e a felicidade, reinarão entre os homens.

MÃE!

Qual o adjetivo que devemos usar para qualificá-la?

Se te chamarmos Mãe, ficamos na dúvida se é este o termo adequado a ela.

Talvez estejamos cometendo alguma injustiça com a pessoa, para o filho, mais importante deste mundo.

Se te chamarmos Mamãe, por certo estaremos melhor qualificando, aquela a quem Deus deu o poder de nos carregar no ventre durante nove meses, gerando daí o envoltório carnal, para fazer a morada temporária do nosso espírito, simples e ignorante.

Se usarmos os adjetivos carinhosos de Mãezinha, ou Mamãezinha, ainda assim acho que não estaremos expressando o valor objetivo do verdadeiro significado da palavra, por tudo de bom que ela fez por nós ao longo de nossa existência.

Tu és um espírito orientado por Deus, e por este motivo, dotado do mais puro sentimento de amor.

Quantas noites de insônia te provocamos!

E tu, estavas ali, de plantão, sem nada reclamar e pacientemente dando tudo de ti para nos oferecer o melhor; para acalentar o nosso pranto, buscando lenitivo para a nossa dor, oferecendo-nos, com afago, o teu peito confortador.

Quando sofríamos, tu sofrias em dobro e quando sorríamos, tu choravas de alegria e se transformavas em felicidade.

És a mestra, que com carinho e dedicação, nos ensinaste o caminho por onde trilham os homens de bem. Se não o trilhamos é porque optamos pela estrada das coisas escusas, fúteis, frívolas e erradas.

Mãezinha perdoa-nos por todo o mal que contra ti cometemos, pelas dores que te fizemos passar, pelas noites em claro que te proporcionamos; pelo mar de lágrimas que fizemos brotar dos teus olhos, dilacerando o teu coração repleto de amor por nós.

Enfim, Mãezinha, desconsidere todo e qualquer mal, que inconscientemente ti causamos.

Mas, de uma coisa fica certa: apesar das nossas imperfeições, de todo o sofrimento que te ocasionamos, do descaminho que trilhamos, te amamos do fundo do nosso coração e reconhecemos a tua excelsa realeza e magnitude diante dos demais seres humanos.

Dizem os ensinamentos cristãos, que Deus nos fez à sua imagem e semelhança.

Mas, com relação a ti, tenho plena convicção que Ele a esculpiu com a perfeição do Arquiteto do Universo, levando em consideração, os mínimos detalhes do Seu projeto construtivo.

Ainda mais, fê-la, a imagem de Maria Santíssima, aquela que foi escolhida para ser a mãe de Jesus, nosso mestre, irmão, guia e modelo, ensejando ao teu ser, amor e bondade indizível.

Seremos eternamente gratos a ti, Mãe, enquanto vivermos e até que chegue o último instante que Deus permita sermos Seu inquilino neste plano.

Como profundo conhecedor das tuas virtudes e do amor que Deus te devota, se desencarnares primeiro, sê nossa advogada quando estiveres em outro plano espiritual e prepara-nos um lugar junto a ti e a todos que nos foram caros, neste planeta de provas e expiações.

De uma coisa queremos tranqüilizar-te: enquanto não terminarem nossos momentos neste plano, estaremos nos arrastando e tentando seguir os teus passos.

Confiando em Deus, como Pai que é e ama com igualdade os seus filhos, haveremos de nos encontrar algum dia e, embora engatinhando em busca do nosso maior aperfeiçoamento, esperamos, no sobrenatural, não repetirmos os males que te causamos neste plano vulgar.

Só nos resta, mais uma vez, pedir perdão por tudo que ti causamos e rogar ao Todo Poderoso, que transforme todas as lágrimas que por nós derramaste em bênçãos para o teu coração simples, mas incomensurável e para o teu perfectível espírito.

Que Deus te abençoe, agora e para sempre.

NADA, NÃO!

Às vezes sinto que nada sou;

Às vezes sinto que meu mundo interior é um vazio;

Às vezes sinto que meu mundo exterior não existe;

Às vezes sinto que sou tão minúsculo e insignificante, que ninguém me ver;

E se me vêem, fazem que não me vêem.

Às vezes fico a me indagar:

Será se sou um ser invisível?

Será se não existo?

Mas de uma coisa tenho certeza, apesar da minha pequenez, de ter consciência que sou menor que um grão de areia que compõe o universo, que Deus, não precisa de lentes de aumento para me enxergar. Porque do nada, Ele transformou em algo e, aos seus olhos, sou tudo.

Sou um ser por Ele criado e amado.

Por isso, nada, não, sou tudo.

O CERTO E O ERRADO

Acho errado o homem não crer na existência de DEUS alegando nunca o ter visto;

É certa a existência de DEUS, porque só não os vêem os espíritos endurecidos, cujos olhos espirituais são cegos.

Acho errado se pensar não existir vida após a morte.

É certa a vida espiritual após a morte corpórea. Se assim não fosse, não haveria os casos cientificamente comprovados de contatos entre encarnados e desencarnados. Tomemos como exemplo as passagens bíblica ( Mateus: Capítulos 11, 16 e 17, versículos 12 a 15, 13 e 14 e 10 a 13, respectivamente), que fala da reencarnação de Elias como João Batista.

Nunca diga: acho errado uns tão ricos e outros tão pobres.

Trata-se da lei de CAUSA E EFEITO. Os ricos, em vidas passadas por não saberem administrar os bens dos quais eram simples fiéis-depositários, desobedecendo aos ensinamentos de Jesus, quais sejam: fazer a caridade, amar ao próximo como a si mesmo, etc, pediram para voltar nas mesmas condições, a fim de repararem suas faltas.

Os pobres, ao contrário, foram em vidas passadas, ricos e também por não saberem bem utilizar as suas fortunas, pediram, e lhes foi dada por DEUS, nova oportunidade de voltarem nas mesmas condições, para se aprimorarem espiritualmente.

Nunca diga: acho errado criancinhas inocentes que morrem prematuramente.

Diga sim: acho certo que elas partam para as vidas futuras mais cedo, em virtude de terem vindo com as missões de darem mais um passo em busca do seu aprimoramento moral, ou como uma prova para seus pais.

Nunca diga: acho errado uns nascerem bons e outros maus.

Diga sim: acho certo que DEUS nos fez iguais, só que uns, pelo seu livre arbítrio, desrespeitando os seus ensinamentos, enveredam pelo caminho do mal.

Nunca diga: acho errado preocuparmo-nos com nossos irmãos, quando temos nossas próprias preocupações.

Diga sim: acho certo cuidarmos de nós mesmos, principalmente do aspecto espiritual. No entanto, devemos também preocupar-nos com os mais carentes, suprindo suas necessidades materiais e espirituais, orientando-os no caminho do bem.

Nunca diga: acho errada a religião dos outros, só a minha é a certa.

Diga sim: acho certas todas as religiões, desde que visem aproximar o homem a DEUS, só que nos é dado o livre arbítrio, para que escolhamos o caminho mais curto para atingirmos este objetivo.

Nunca diga: acho errada a vida errante do meu vizinho;

Diga sim: não vemos a trave que atravessa o nosso olho, mas enxergamos de longe o argueiro no olho do nosso irmão, motivo pelo qual, devemos combater a maledicência.

Nunca diga: acho errado uns nascerem belos e perfeitos e outros feios e aleijados;

Diga sim: acho certo que existe a lei de CAUSA E EFEITO e que todos temos uma prova a cumprir. Por certo, trata-se da vontade de DEUS e temos que aceitá-la com resignação.

Nunca diga: acho errado o cristão colaborar com a sua religião.

Diga sim: acho certo que devemos espontaneamente colaborar com a nossa religião. Errado, porém, é se impor um percentual do salário-bruto do cristão, quando na maioria dos casos, trata-se de operários que ganham o salário-mínimo, insuficiente, na maioria das vezes, para o sustento próprio e da sua família. Mesmo assim, muitas religiões desconsideram esta situação e impõem esta lei mal interpretada e criada por elas mesmas, para benefício, não sabemos de quem, razão pela qual não nos compete entrar no mérito da questão.

Salvo melhor juízo, compete a Deus o julgamento de quem assim procede.

O ESPIRITISMO NA ÓTICA DE UM PECADOR.

Deus fez o homem à sua imagem e semelhança.

Deu-lhe o direito de escolher dois caminhos a seguir: o caminho do bem, que é aquele que o conduz à porta estreita e o caminho do mal, que é o que o leva à porta larga.

Com sua bondade ilimitada, colocou à nossa disposição, seu Filho JESUS, para nos servir de mestre, guia e modelo e nos ensinar o melhor caminho a enveredar.

Este homem, nosso Irmão Maior, morreu dando-nos o melhor exemplo a imitar.

Viveu, 33 anos, transmitindo aos homens, os ensinamentos do Pai.

Mostrou-nos, que através da dor, do sacrifício, do amor, da caridade e da benevolência, elevamo-nos moralmente.

Colocou em nossos caminhos, Allan Kardec, que inspirado e orientado pelos espíritos superiores, legou-nos uma doutrina, da qual o homem extrai os nutrientes para sua perfeição moral, sua mudança.

E nós, o que fazemos?

Apesar de aprendermos que o orgulho, a vaidade, a maledicência, o desamor ao próximo, a falta de caridade e o apego às coisas materiais serem defeitos que empobrecem o nosso espírito, levando-nos de encontro às leis do Criador, conscientemente, as mais das vezes, preferimos este caminho.

Constantemente, no retiro do meu aconchego, fico a me indagar: meu Deus, por que somos tão frágeis, se fomos feitos à tua imagem e semelhança?

Por que damos preferência ao desrespeito aos Teus ensinamentos, mesmo sabendo que estamos agindo mal, e que bem mais fácil e útil, seria segui-los e transmiti-los aos outros?

Mas não. Como que propositadamente, ou incentivados por seres inferiores, vamos de encontro ao nosso Pai, como se quiséssemos medir forças com Ele.

Constantemente, pregamos Teus ensinamentos, mas, não os cumprimos como mandas.

Quanta maldade envolve o nosso ser!

Apesar da beleza e perfectibilidade contidas na doutrina considerada o cristianismo redivivo, como é difícil vivenciá-la literalmente.

Diante da nossa fragilidade espiritual, pouquíssimos entre nós, podemo-nos considerar autênticos sequazes da mais bela doutrina do mundo.

Numa visão bastante realista, um número muito reduzido de estudiosos e adeptos do espiritismo, se comportam com a postura de verdadeiros espíritas.

Aprendemos com certa facilidade os conceitos da doutrina, transmitimo-los aos outros, mas, nós mesmos, não os adotamos na íntegra.

Poucos são hoje, os exemplos de Chico Xavier, da Madre Tereza de Calcutá, da irmã Dulce, de Ghandi, de João Paulo II, de Buda e de tantos outros, que nos legaram belíssimos ensinamentos de como verdadeiramente agirmos como espiritualistas.

Mas, a nossa memória é curta.

Esquecemos os bons exemplos com facilidade.

Às vezes, nosso consciente tem vergonha de dizer que somos espíritas, por sentirmos nossa consciência insistentemente machucada pelas más ações.

Só nos resta, pedir Àquele que foi a causa primária de todas as coisas, que tenha compaixão de nós e com sua bondade infinita, nos conceda o seu perdão.

Que afaste de nós, os espíritos de fragilidade semelhante à nossa, colocando em nosso encalço, espíritos superiores, que nos auxiliem e vigiem, ensinando-nos a trilhar o caminho que nos conduza à felicidade eterna.

Assim sendo, poderemos vislumbrar o amanhecer de dias mais felizes e nos livrarmos das sombras escuras que nos envolvem.

Poderemos enfim, sentirmo-nos iluminados por Quem nos concedeu a vida.

Ser-nos-á dada mais uma vez, a oportunidade de andarmos pela estrada estreita, aquela pela qual trafegamos sem a preocupação de encontrarmos no seu percurso, pedras, espinhos, ou outros obstáculos.

Finalmente, sentiremos nosso espírito em paz, com a consciência do dever cumprido e renovada a esperança de uma vida eterna feliz.

Que Deus nos proteja e nos abençoe.

O ORGULHO E A HUMILDADE

A humildade é irmã gêmea da caridade. Ela torna os homens iguais e nos mostra que somos todos irmãos e que devemos ajudar-nos mutuamente, o que nos conduz ao caminho do bem.

O orgulho é o terrível adversário da humildade.

Aos humildes, Cristo prometeu o reino dos céus e afirmou ser mais fácil um camelo passar pelo fundo de uma agulha, do que um rico entrar no reino dos céus.

O rico, em nada é melhor do que o pobre.

Deus não fez duas espécies de homens. Ele os criou iguais. Lembremo-nos dos nossos irmãos que dormem nas sarjetas, enquanto dormimos no apogeu. Eles são nossos irmãos. São nossos semelhantes. A diferença entre nós e eles, está na roupagem. Sem elas, somos semelhantes. Sejamos humildes. Olhemos o nosso interior.

O que somos hoje, poderemos não ser amanhã. A situação pode se inverter. Aí, perceberemos que nosso orgulho atrasará o nosso adiantamento moral.

Não duvidemos, se amanhã estivermos pedindo esmolas, àquele que nos pede hoje.

As nossas riquezas não são eternas. Somos delas apenas fiéis-depositários.

Todos somos iguais na balança divina.

Os espíritos possuem a mesma origem e todos os corpos são moldados da mesma massa e saíram das mãos do único Criador.

Títulos, nomes, diferença social, nada nos mudará.

Se sofrermos as injustiças dos homens, devemos ser indulgentes para com eles, lembrando que não estamos isentos de culpas.

Conscientizemo-nos que a doutrina espírita é um tripé constituído da fé, humildade e caridade, que lhe dão sustentação, tal qual um prédio que necessita de uma boa fundação para sua estabilidade.

Sejamos humildes. Abracemos nossos irmãos menos afortunados.

Saibamos perdoar sempre àqueles que nos ofendem e humildemente ajudemos a quem nos pede uma palavra amiga.

O PROJETO HOMEM

DEUS, causa primária de todas as coisas!

Quanta bondade e misericórdia encerra o teu Ser!

Quão imensuráveis foram tuas obras! Dentre estas, encanta-nos, sobremaneira, a perfeição com que projetaste e criaste o universo.

Pouco nos importa, nem diminui a sua magnitude, se o fizeste em seis dias, ou, se em seis trilhões de anos, porque a Tua obra continua inacabada.

O que nos deixa atônitos e maravilhados é que a realizaste, levando em consideração, a perfeição deste belíssimo projeto.

Só uma coisa nos intriga: por que, uma das peças, integrante deste sistema, tanto trabalho te dá, mormente, o haver feito a tua imagem e semelhança?

Desnecessário responder, tratar-se do homem, a quem distinguiste como o rei da criação, entregando-lhe a administração de tudo de belo que criaste.

E o que vemos? Total e lastimável incompetência. Desrespeitam-se, sem o menor escrúpulo, os teus mandamentos.

Em vez do amor, principal virtude que colocaste em vossos corações, o trocamo-lo pelo ódio; os homens se digladiam por motivos banais; a maioria das vezes, por interesses materiais ou por fanatismo religioso, ante as graves heresias que abalam o universo.

Enquanto fizeste a natureza para o nosso habitat, ao invés de zelar por ela, depredámo-la e destruímo-la impiedosamente, malfadada herança que deixamos para nossos filhos e nossos netos.

As interpretações falsas que fazem dos ensinamentos que enviaste ao mundo pelos espíritos prepostos resultaram em comportamentos estranhos, absurdos e até mesquinhos, aonde seus seguidores chegam a matar o próximo, em Teu nome, alegando defender os Teus princípios contidos na Sagrada Escritura, porém codificadas no Oriente, como o ALCORÃO, para o povo Mulçumano, com ações do terrorismo, que abala a humanidade contemporânea, de que são exemplos os atos terroristas acontecidos no Word Trade Center, nos Estados Unidos e recentemente o atentado ao metrô da Espanha, fatos que ceifaram centenas de irmãos encarnados.

Por isso te pergunto: Pai, por que acintosamente desrespeitamos teus ensinamentos morais?

Por que existe tanta maldade em nossos corações?

Por que, conhecedores que somos do livre arbítrio, as mais das vezes enveredamos pelo caminho do mal?

Será se tudo isto que praticamos é por que confiamos na tua bondade infinita, por sabermos, que através de reencarnações sucessivas, conceder-nos-ás tantas quantas forem necessárias as oportunidades para repararmos nossos erros?

Só nos resta, Pai, pedir perdão por todo o mal que causamos a ti, aos nossos semelhantes, e às Tuas obras e, com Tuas bênçãos e nossos esforços, algum dia trilharemos o caminho que nos levará a um plano, onde só habita os espíritos depurados.

Abençoa-nos Pai.

O SILENCIO É DE OURO, A PALAVRA É DE PRATA.

Deus está constantemente a nos espreitar, desejoso de auxiliar-nos na nossa caminhada, rumo à felicidade eterna.

Tal qual uma mãe que incansavelmente labuta para oferecer o que é de melhor para seus filhos, Deus, na sua onipotência e mansuetude, nos vigia, silenciosamente, nas caladas da noite e nas agitações do dia, sem que percebamos, fornecendo aos nossos espíritos enfraquecidos, o elixir da bondade que tanto revigora o nosso ser, encorajando-nos no desenvolvimento das tarefas que nos cabe realizar.

E nós, em contrapartida, o que fazemos para retribuir tamanha bênção?

Diz um velho e sábio provérbio, que o silêncio é de ouro e a palavra é de prata.

Isso nos ensina que através da palavra, podemos e conseguimos comunicar-nos com o Criador.

No entanto, requer que estejamos em total sintonia com Ele, o que só se consegue quando ao nosso redor, nada nos desvie o pensamento tirando nossa atenção e que nos encontremos em plena paz, condição primordial para concretizarmos o nosso objetivo maior.

Entretanto, na solidão do nosso aconchego, livre das perturbações do dia–a-dia, em pleno silêncio, nossos sentimentos ultrapassam as barreiras do infinito e mais facilmente entramos em contato com o nosso Guia Supremo.

Note-se, quanta pureza encerra o velho provérbio. Ele nos ensina, que para falarmos com Deus, não se faz necessário que emitamos nossa prece através de alaridos. Pelo contrário, longe das perturbações em que costumeiramente estamos envoltos, sem ostentação e contritos, conseguiremos entrar em relação direta com o Pai.

Plagiando o cantor Gilberto Gil, quando ele diz: “SE EU QUISER FALAR COM DEUS, TENHO QUE CALAR A VOZ”, o artista nos dá um exemplo de como melhor utilizar a sabedoria proverbial.

Todavia, como enunciado: O silencio é de ouro e a palavra é de prata, roguemos ao Todo Poderoso que nos ouça, seja através da palavra, seja no silêncio.

O que nos interessa, sobremaneira, é o ato de realizarmos esta comunicação. Pois, feliz daquele que a consegue, refletindo em silêncio ou louvando ao Criador com a voz que Ele nos deu.

Como seres racionais, utilizemos a maneira mais fácil de mantermos esse intercâmbio com a Espiritualidade Superior, que obviamente, é a que está contida no velho e douto adágio: “O SILÊNCIO É DE OURO, A PALAVRA É DE PRATA”, que ousamos repetir.

O TEMPO

Não sei e custa-me entender as causas por que os séculos fluem tão rapidamente.

As semanas parecem não serem mais de sete dias e estes, de vinte e quatro horas, que passam imperceptivelmente.

As horas, não sei nem precisar os minutos que as compõem.

Nem precisa ser um metrologista para observar esse fenômeno do tempo que voa em detrimento do homem que a este assiste perplexo.

Só vejo um motivo lógico, que é a fragilidade do nosso envoltório carnal, procurando agilizar a sua partida, para fazer morada onde habitam as células mortas.

Mas, por que essa pressa?

Será ocasionada pela debilidade da carne que não suporta a grandeza do espírito?

Ou será se o espírito que faz sua morada nesse frágil tabernáculo humano, tem pressa em mudar do plano terrestre para o espiritual?

E por que essa angustiante preocupação atormenta a maioria dos homens?

Deixemos o tempo correr à vontade, pois, a carruagem que o transporta, o seu cocheiro é Deus, nosso Pai Eterno e infinitamente bom.

O TEMPO PASSA E NÓS MAIS NOVOS

À medida que o tempo avança e o ser humano adquire conhecimentos da importância das coisas espirituais, o seu espírito rejuvenesce e se fortifica.

É como se um elixir, revigorando nossa vida, estivesse fazendo o tempo retroagir, tornando-nos mais jovens, à medida que o nosso aperfeiçoamento moral se eleva.

A fórmula deste remédio está contida nas páginas dos livros sagrados, e claramente demonstrado no contexto do Evangelho Segundo o Espiritismo, obra de Allan Kardec, o fiel discípulo do Divino Mestre.

Se ignorarmos, conscientemente os ensinamentos deixados por JESUS, o tempo, como um raio de luz cortando a escuridão da noite, rasga o céu num piscar de olhos e a nossa juventude se vai junto a esta visão, tornando-nos a cada fração de segundos, mais velhos e debilitados e conseqüentemente, mais distantes de DEUS.

Continuemos jovens, porque nada melhor do que sermos crianças aos olhos de DEUS, pois, segundo palavras Suas, quem delas se assemelham, é destinado o reino dos Céus.

Por isso, sejamos crianças, eternamente.

PAREMOS DE PEDIR A DEUS

A medida do pedir tem limites. Já a do dar é semelhante a um saco sem fundo. Nunca enche.

Não abusemos da infinita bondade do Pai.

Ao invés dos constantes e insistentes pedidos que Lhe fazemos, vamos procurar oferecer-lhe alguma coisa!

Pelo fato de Ele haver dado ao homem o direito de decidir livremente, concedeu-lhe a oportunidade de optar por uma vida eterna de felicidades.

A decisão é de sua competência.

E em contrapartida, o que o homem Lhe proporciona?

Infinitas são as maneiras disponíveis aos seres encarnados e desencarnados, de retribuírem ao Criador, tamanha misericórdia.

O amor e a caridade, ele no-los deu, de graça. E por que não os retribuímos no mesmo preço aos nossos irmãos desnutridos do pão Crístico?

Abramos uma estrada em nossos corações, na direção do amor ao próximo.

Sejamos solidários, com quem está solitário.

A nossa felicidade é função do somatório dos bons atos que houvermos praticado ao longo das nossas existências.

Temos muito que oferecer a Deus.

Arregacemos as mangas e, mãos à obra.

Iniciemos por deixar de lado nosso desvairado orgulho, jogando ao lixo nossas banais vaidades, sepultando nossos sentimentos malévolos e espalhando aos quatro cantos do mundo, que perante Deus, somos todos iguais – a diferença está apenas na roupagem – e esta a terra impiedosa e indiscriminadamente, a destruirá.

No interior de cada espírito é que está a diferença.

Aqueles que moralmente encontram-se mais evoluídos, já dão ao Criador, uma parcela mais importante de colaboração.

Repartamos nosso pão com nossos irmãos que vivem ao arredio da Lei de Deus.

Sigamos os exemplos dos espíritos benquerentes, que com toda certeza, estaremos glorificando a Deus.

Finalmente, lembremo-nos das palavras de Cristo: “há quem muito for dado, muito será cobrado”.

SÓ HÁ TREVAS ONDE NÃO HÁ LUZ.

O amor e a luz são como metais preciosos que ao se fundirem, transformam-se em elemento vital que cintilam a cada nascer de um novo dia.

Nós, como discípulos do Cristo e seres humanos, devemos nos conscientizar que somos luz de Deus, em evolução no mundo material.

Somos centelhas vivas, advindas do Criador, que se tornaram espíritos. Uns mais, outros menos evoluídos, a purgar merecidamente os erros, cometidos em vidas passadas, devendo esforçar-se para que tais erros não se repitam.

Com o passar dos tempos, compenetrados desta verdade, ficarão os homens mais fortes e seguros de si mesmos, conseqüentemente mais aptos a se desvencilharem das algemas que os atrelam aos reveses da vida terrena e passarão a melhor utilizarem a sua liberdade.

Quando, enfim, admitirmos a presença de Jesus em nossos corações, integrando-nos na mais profunda e permanente sintonia com Ele e libertarmo-nos dos impulsos mesquinhos de qualquer sentimento de orgulho e de vaidade, aceitando esta realidade, deveremos evoluir em busca de um futuro pleno de felicidade.

Quando galgarmos os patamares da nossa escala evolutiva, quando rompermos todas as barreiras que nos separam do Criador, quando começarmos a enxergar pelos olhos do espírito, com toda convicção podemos afirmar: “Só há trevas onde não há luz”.

Palestras

ABORTAMENTO

Para fazer esta palestra no Centro Espírita Raios de Luz, me utilizei, em parte, do site www.momento.com.br

DEUS fez o Homem à sua imagem e semelhança, concedendo-lhe, através de uma legislação divina, o direito ao AMOR, à CARIDADE, à PAZ, à FELICIDADE, à HARMONIA, à BENEVOLÊNCIA e à FÉ, requisitos indispensáveis para vivermos felizes e indefinidamente em sintonia com o PAI.

Concedeu-nos também, à reencarnação, processo que oportuniza a nós espíritos, repararmos as faltas cometidas em vidas pretéritas, concedendo-nos o direito de atingirmos à perfeição moral, a partir da qual, teremos direitos a uma vida eterna de felicidades.

E nós, pequeninos como somos, como que querendo medir forças com o Onipotente, desafiamo-Lo, indo de encontro às suas leis.

Sabemos, perfeitamente, que matar fere frontalmente aos seus ensinamentos e vemos, acintosamente, a humanidade num desrespeito patente, praticar o ABORTAMENTO, um dos mais bárbaros e covardes crimes que o ser criado pelo PAI, pode cometer contra um ser embrionário, totalmente indefeso.

A maioria das mulheres que já cometeram abortamento, pertence às classes menos conhecedoras dos preceitos que norteiam o espiritismo.

Entrevistadas sobre qual o motivo que a levam a cometer este ato desumano, alegam, descabidamente, a falta de condições financeiras para criarem seus filhos, sem o mínimo de conforto, educação e dignidade, de que necessitam.

Argumentam, também, que um outro motivo que contribui para que estas pratiquem verdadeiro desrespeito às Leis Divinas é o desentendimento com os maridos, provocado, às mais das vezes, por ciúmes, o que as levam a cometer um crime injustificável.

Muitas vezes, o ABORTO é provocado pelo marido, cujos motivos são os mais variados.

Cite-se o exemplo de um desembargador, que ao engravidar uma jovem de família pobre, dopou-a, levando-a a uma clínica clandestina e esta, ao retomar a consciência, sentiu desmoronado o sonho de ser mãe.

Atos desta natureza são a comprovação de que quem assim age, não tem no coração nenhum sentimento de amor ao próximo, e demonstra total desconhecimento de um dos mais importantes ensinamentos de Jesus que diz: “não matarás”.

O aborto provocado sem necessidade terapêutica, revela-se automaticamente, por choques traumáticos no corpo espiritual, tantas vezes quanto se repetir o delito de lesa-maternidade, mergulhando as mulheres que o perpetram, em angústias indefiníveis, além da morte, de vez que, por mais extensas se lhes façam as gratificações e os obséquios dos espíritos amigos e benfeitores, que lhes recordam as qualidades elogiáveis, mais se sentem diminuídas moralmente em si mesmas, com o centro genésico desordenado e infeliz, assim como alguém indevidamente admitido num festim brilhante, carregando uma chaga que a todo instante se denuncia.

Para melhorar a situação, que deve fazer a mulher que se reconhece na atualidade, com dívidas no abortamento provocado, antecipando-se, desde agora, no trabalho de sua própria melhoria moral, antes que a próxima existência lhe imponha as aflições regenerativas?

Sabemos que é possível renovar o destino todos os dias.

Quem, ontem, abandonou os próprios filhos, pode hoje se afeiçoar aos filhos alheios, necessitados de carinho e abnegação.

O próprio evangelho do Senhor, na palavra do apóstolo Pedro, adverte-nos quanto à necessidade de cultivarmos ardente carinho uns para com os outros, porque a caridade extingue uma imensidade de pecados.

Emmanuel, através de Chico Xavier disse certa vez: depende de nossa solicitação a resposta do bem ou do mal; tudo é bom para quem cultiva a bondade; tudo é puro para quem guarda a pureza do coração; quem se ilumina, jamais permanece nas trevas, que lhe fogem com a aproximação da luz.

Por que em vez de solicitarmos o bem, solicitamos o mal?

Por que, então, em vez de procurarmos brilhar na claridade do nosso mundo interior, deixamos nos imergir nas trevas em que vivem obscurecidos os nossos corações?

Por que em vez de plantarmos e irrigarmos em nosso peito a semente do amor ao próximo, cultivamos, indiscriminadamente, o mal contra nossos irmãos?

Reservemos alguns minutos para a meditação, antes de tomarmos qualquer atitude, ou de assumirmos compromissos.

Os melhores conselhos que recebemos, são guias e não soluções.

Os nossos problemas nos pertencem e a nós compete solucioná-los.

Renovação moral é compromisso para já e não para amanhã.

Cada vez que postergarmos a ação dignificadora em favor de nós mesmos, as circunstâncias se tornam mais complexas e difíceis.

Em nós mesmos, estão as respostas para as interrogações que bailam em nossas mentes.

Aclimatemo-nos ao silêncio interior e ouviremos com clareza as diretrizes para equacioná-las.

No dia-a-dia aprenderemos a nos encontrarmos, se nos exercitarmos sempre.

Um dia é um valioso período de tempo, cheio de incidentes e rico de oportunidades para nossa elevação pessoal.

Realizemos cada tarefa e terminaremos a jornada em paz.

Reflexionemos, portanto, antes de agir, para que, arrependidos, não venhamos a meditar tardiamente.

Quando sua mente for atormentada pela infeliz idéia do ABORTO, pense no irmãozinho que está numa fila de espera, ninguém sabe há quanto tempo, aguardando a oportunidade de dar continuidade a vida, através de ti e, sem nenhum motivo plausível, queres roubar-lhe, prematura e injustamente, um direito que lhe é sagrado, alterando o seu ciclo evolutivo planejado por Deus.

O ABORTAMENTO provocado é uma carga psíquica cujo peso para a consciência da mulher, ainda não foi suficientemente avaliado. Sabe-se, entretanto, que ultrapassa os limites do aceitável.

É evidente que está excluído desta carga o ABORTAMENTO terapêutico, necessário muitas vezes para a preservação da vida da mãe.

Referimo-nos tão-somente ao ABORTO provocado, só para matar na raiz, um ser que começa a lutar por um espaço, por um lugar ao sol. Um crime cometido nas sombras, infelizmente, às vezes em locais que sem escrúpulo ostentam o rótulo de “consultórios” ou “enfermarias”.

Um crime que na maioria das vezes escapa à punição da lei humana, porque é cometido contra um ser que não pode protestar, um ser ao qual não foi dada nenhuma opção de defesa.

Infelizmente, os homens acham ainda que conseguindo burlar a lei humana, farão calar a própria consciência.

Esquecem-se de que o subconsciente é o registro poderoso de todas as nossas ações e pensamentos. Tão fortes é o registro, que vemos muitos indivíduos com complexo de culpa, embora inconsciente, só porque pensaram em fazer mal a alguém. Só pensaram, sem chegar a agir. E mesmo assim a mente registrou e criou o complexo de culpa, tão conhecido dos psiquiatras, que o chamam de remorso.

Imagine-se então, uma ação perversa e maldosa, como o feto que se arranca criminosamente do ventre materno.

Para compreendermos quão grave é o ABORTAMENTO, precisamos rever algumas noções sobre o fenômeno da encarnação.

Encarnação é o ato que se inicia quando o espírito se liga ao ovo, logo após a fecundação, na medida em que o ovo se transforma em feto e este se transforma no bebê, vão-se estreitando mais os laços que ligam o espírito ao corpo.

É esse espírito que dará a personalidade ao futuro ser, que, evidentemente, trará características orgânicas decorrentes da lei da hereditariedade.

É esse espírito que plasmará no corpo as características essenciais necessárias à sua vitória na nova encarnação.

Às vezes, essas características compreendem até uma deformidade física: é necessária a prova da deformação, para que o espírito valorize a perfeição do corpo, que, provavelmente, numa vida anterior, não soube valorizar em si ou em outras pessoas.

Quando um espírito está pronto para encarnar, busca sua futura mãe, ou para junto dela é conduzido.

Começa aí um processo de afinação entre o espírito-candidato à encarnação e a futura mãe.

Na maioria das vezes, mãe e filho têm ligações do passado, de vidas anteriores.

Ligações de amor ou de ódio. Pois, o ódio, como o amor, também estabelece laços entre os seres.

Durante o tempo que durar essa aproximação entre espírito-candidato e mãe, é muito provável que a mãe durante o sono, seja apresentada ao futuro filho e lhe seja explicada pelos espíritos mentores, sua verdadeira tarefa quanto à maternidade.

Diante desses fatos, a mulher acaba aceitando a tarefa. É verdade que, às vezes, a contragosto e como remédio para seu reajustamento psíquico.

Feito esse acordo, aguarda o espírito – candidato, às condições essenciais para o retorno ao novo corpo.

Processada a concepção, é dada a partida de uma nova existência corporal, irreversível, que só poderá ser interrompida, de ambas as partes- mãe e filho - no caso de algum acidente grave colocar em risco a vida da mãe.

Portanto, o ABORTO provocado é a quebra de um acordo demoradamente estabelecido.

É o rompimento de uma ligação exaustivamente acertada.

Geralmente ocorre a mulher praticar o ABORTAMENTO, quando em seu consciente afloram reminiscências do subconsciente, de que aquele ser que se forma em seu ventre, não lhe nutre nenhum amor porque foram inimigos no passado. Esquece-se a mulher, da renúncia necessária à mãe.

Renúncia do amor do próprio filho. E de nada lhe adiantará adiar o reencontro com o velho inimigo, pois, permanecendo as ligações do passado delituoso, essas ligações só serão desfeitas com o amor.

Só o amor desfaz o mal. Só o amor cura o ódio.

Adiar esse reencontro através da prática do ABORTO será adiar e ampliar o sofrimento. Será protelar para outra ocasião (com certeza bem mais difícil), a oportunidade de ajustar contas.

A oportunidade de dar amor, de se reequilibrar perante si mesma.

Quando o espírito reencarnante é expulso do corpo através da medida violenta do ABORTAMENTO, se for um ser ainda pouco esclarecido (como o é a grande maioria dos que ainda encarnam na terra), passará a perseguir a ex-futura mãe; poderá colar-se ao espírito da mulher, pesando terrivelmente e levando-a para o desequilíbrio e quiçá, para o desespero.

Se ao contrário, for um espírito já voltado para o bem, (que, muito provavelmente, virá ao mundo para ajudar a mãe a suportar as provas da vida), fará com que a mulher passe a sentir uma sensação de vazio, um vazio interior, como se uma parte de si tivesse sido retirada, uma sensação que também poderá levá-la ao desequilíbrio, uma vez que, necessitada de um apoio, ela espontaneamente o repeliu.

Deve, portanto, muito meditar a mulher que esteja com a intenção de praticar o ABORTO, só justificável nos casos terapêuticos.

Talvez o filho que ela pensa que virá pesar em sua vida, ao contrário, seja uma fonte de alegrias e felicidades durante a sua vida, se ela souber ministrar o remédio do amor.

Vou contar, a título ilustrativo, um fato ocorrido e que serve para nos mostrar o quanto é errado e absurdo o abortamento provocado e os traumas que podem trazer para a mãe que o pratica. Dizem tratar-se de um fato verídico, intitulado:

ABORTAMENTO NÃO REALIZADO

A gravidez veio na hora indesejada, lembrava-se Joana. Veio na hora errada e ainda trazia riscos de várias ordens: a saúde debilitada, problemas familiares e o desemprego, males que a atormentavam.

Seu primeiro impulso foi o ABORTAMENTO. Tomou alguns chás que, em vez de “resolver”, a debilitaram ainda mais.

Recuperada, buscou uma dessas pessoas que arrancam, ainda no ventre, o chamado problema das mães que não desejam levar adiante a gestação.

Naquele dia, a parteira havia adoecido e não pôde comparecer para executar o serviço.

Joana voltou para casa preocupada. Mil situações lhe passavam pela mente.

À noite, deitou-se e demorou a adormecer, mas foi vencida pelo sono. No sonho viu um belo jovem pedindo-lhe algo que, na manhã seguinte não soube definir por não se lembrar dos detalhes.

Durante todo o dia não conseguiu tirar aquela imagem da mente, de sorte que esqueceu a gravidez.

Na noite seguinte, voltou a sonhar com o mesmo jovem, só que acordou com a agradável sensação de ter ouvido de seus lábios a tão doce quanto agradável palavra: “obrigado”.

Era como se ainda visse seus lábios pronunciando palavras de agradecimento, enquanto de seu coração irradiava uma paz indefinível.

Desistiu do ABORTO. Enfrentou tudo, superou todos os riscos e saiu vitoriosa.

Hoje, passados 23 anos do episódio, ouve consternada seu belo e jovem filho pronunciar do púlpito da solenidade de sua formatura, ante uma extasiada multidão: “agradeço, sobretudo à minha mãe, que me alimentou o corpo e o espírito, dando-me não só comida, mas carinho, companhia, amor e, principalmente, vida”.

E, olhando-a nos olhos, o filho pronunciou, num tom inconfundível: Obrigado!

Ela não teve dúvidas e retribuiu aquele obrigado que viu e ouviu em um sonho há 23 anos. A mulher que nega o ventre ao filho que Deus lhe confia, nega-se a si mesma a oportunidade de ouvir a súplica alegre da criança indefesa a rogar-lhe carinho e proteção.

Perde a oportunidade de dar luz a um espírito sedento de evolução, rogando-lhe uma chance de reencarnar, para juntos superarem dificuldades e estreitarem laços de amizade e afeto.

Se você mulher, está passando pela mesma situação de Joana, mire-se no seu exemplo e permita-se ser mãe.

Permita-se sentir daqui a alguns meses, o agradecimento no olhar do pequenino que lhe roga o calor do colo e uma chance de viver.

Conceda a você mesma a alegria de daqui a alguns anos, ornamentar o pescoço com a jóia mais valiosa da face da terra: os bracinhos frágeis da criança, num abraço carinhoso a lhe dizer: obrigado mamãe por ter-me permitido nascer, crescer, e fazer parte desse mundo, a tantas criaturas de Deus, negado.

Em hipótese alguma, haja como a mãe que cometeu a barbaridade de não permitir o nascimento do seu filhinho. Veja a história horripilante que passarei a narrar, intitulada:

DIÁRIO DE UMA CRIANÇA QUE NÃO NASCEU.

5 de outubro:

Hoje teve início a minha vida. Papai e mamãe não sabem. Eu sou menor que um alfinete, contudo, sou um ser individual.

Todas as minhas características físicas e psíquicas já estão determinadas.

Terei os olhos de papai e os cabelos castanhos e ondulados da mamãe. E isso também é certo: eu sou uma menina.

19 de outubro (14 dias de gestação):

Hoje começa a abertura de minha boca. Dentro de um ano poderei sorrir quando meus pais se inclinarem sobre meu berço. A minha primeira palavra será “mamãe”. Seria verdadeiramente ridículo afirmar que eu sou somente uma parte de minha mãe. Isso não é verdade, pois sou um ser individual.

25 de outubro ( 20 dias de gestação):

O meu coração começou a bater. Ele continuará sua função sem parar jamais, sem descanso, até o fim dessa minha existência. De fato, é isso uma grande dádiva de Deus.

2 de novembro ( 27 dias de gestação):

Os meus braços e as minhas perninhas começaram a crescer e em breve, ficarão aptas para o trabalho; isto requererá algum tempo, mesmo depois de meu nascimento. Assim que for possível, enroscarei meus bracinhos no pescoço da mamãe e lhe direi o quanto eu a amo.

20 de novembro ( 45 dias de gestação ):

Hoje, pela primeira vez, minha mãe percebeu, pelo seu coração, que me traz em seu útero. Acho que ela teve uma grande alegria.

28 de novembro. ( 53 dias de gestação ):

Todos os meus órgãos estão completamente formados. Eu sou muito grande.

2 de dezembro. ( 58 dias de gestação ):

Logo mais poderei ver, porém, meus olhos ainda estão costurados como se fossem por um fio.

Luz, cor, flores... Como deve ser magnífico! Sobretudo, enche-me de alegria o pensamento de que deverei ver minha mãe... Oh! Se não tivesse que esperar tanto tempo! Faltam ainda mais de sete meses.

12 de dezembro ( 68 dias de gestação ):

Crescem os meus cabelos e as minhas sobrancelhas. Já imagino como minha mãe ficará contente com a sua filhinha!

24 de dezembro ( 80 dias de gestação ):

O meu coraçãozinho está pronto. Deve haver crianças que nascem com o coração defeituoso. Neste caso, precisam sujeitar-se a delicada cirurgia para corrigir o defeito. Graças a Deus o meu coração não tem nenhuma anomalia, e serei uma menina cheia de vida e forças. Todos ficarão alegres com meu nascimento.

28 de dezembro ( 84 dias de gestação):

Hoje minha mãe amanheceu diferente, está um pouco angustiada. Mas uma coisa é certa: nós vamos sair para um passeio.

Creio que ela quer se distrair um pouco, talvez comprar roupinhas pra mim. É isso mesmo, estamos saindo para algum lugar. Acho que vamos passear.

Ih! Acho que estamos entrando em uma clínica. Deve ser para checar se a minha saúde vai bem. Que ótimo! Quando eu sair daqui, direi à minha mamãe o quanto lhe sou grata.

O médico está chegando...

Mas... Esses instrumentos não são para um exame! Não mamãe! Não o deixe se aproximar!

Ai, que horror! Esta é uma clínica de abortamento!

Mãezinha, Socorro! Deixe-me nascer!

Não me tirem um direito dado por Deus!

Não me matem!

Eu nada fiz!

Ninguém escuta meus gritos!

Por que querem me assassinar?

E meus sonhos de felicidade?

Minha vontade de ver a luz, as flores, às cores, o rosto de minha mãe?

Apesar de ser um direito meu, está tudo acabado! Sim... Hoje... Hoje minha mãe me assassinou!

A história é dramática e triste, mas, infelizmente, se repete diariamente nas clínicas de abortamento do nosso país, em casas de pessoas que se alimentam com o dinheiro ganho com o sangue de vítimas indefesas.

Hoje já não se pode mais alegar que o feto não seja um ser individual, distinto da mãe, pois a ciência o afirma todos os dias.

Assim, tanto quem pratica o aborto quanto quem o consente, ou colabora para que o ato se concretize, deverá responder perante as leis divinas por esse crime.

O ABORTAMENTO PROVOCADO, praticado por pseudo-profissionais e em clínicas mal aparelhadas é um tremendo risco para a saúde pública.

Para se ter uma idéia da gravidade do caso, segundo o instituto Alan Gutmacher, foram praticados no ano de 1991, no Brasil, sem as mínimas condições técnicas e de higiene, 1.443.000 ABORTAMENTOS, o que representa uma média de 120.250 abortos por mês; 4.008 abortos por dia; 67 abortos por hora; 1 abortos por minuto.

De cada 14 mulheres que ficam grávidas, 10 vão para a maternidade e 4 entram numa clínica clandestina para fazerem aborto, o que representa 28,57% do total de mulheres grávidas. De acordo com pesquisas realizadas, o ABORTAMENTO é a 4ª causa de mortalidade materna no Brasil.

Outro dado impressionante é que um dos abortivos mais usados e eficientes é o Cytotec, fabricado para cura da úlcera. Apesar da sua venda ser proibida, 80% dos abortamentos praticados no Brasil é realizado usando-se este medicamento, que é facilmente adquirido nas farmácias, sem receituário e custa R$ 100,00 a caixa com quatro comprimidos. O seu efeito é tão destruidor, que com apenas um comprimido tomado via oral e outro colocado na vagina, são suficientes para uma mãe desprovida de sentimentos de amor e num ato impensado e criminoso, tirar a vida, prematuramente, de um filho indefeso, isto por apenas R$ 50,00.

Será que uma vida humana, obra de Deus, tem dinheiro que pague? Será que a vida de um filho só vale R$ 50,00?

Em conseqüência de ABORTOS praticados em condições de risco, um número bastante elevado de mulheres, sofre as mais variadas seqüelas, dentre as quais: as infecções, lesões e traumas, ocasionados por este ato irresponsável e criminoso.

Estima-se que são praticados por ano, em todo o mundo, vinte milhões de ABORTAMENTOS em condições de risco, o que representa serem assassinados no mundo, vinte milhões de pequeninos seres sem as mínimas condições de defesa, 90% dos quais, em países em desenvolvimento, entre os quais, escontra-se o Brasil.

DOENÇAS CONGÊNITAS E ABORTAMENTO:

Existem microorganismos que ao serem contraídos pela gestante, têm ação letal sobre as células embrionárias, determinando o ABORTAMENTO ESPONTÂNEO. A grande polêmica que se estabelece em alguns círculos é relativa à indicação ética ou moral dos abortos. Sem entrar no ponto de vista da Constituição brasileira, estamos abordando o assunto, do ponto de vista espírita.

O caso da RUBÉOLA CONGÊNITA, que fora da gravidez chega até a passar despercebida pela pouca monta dos sintomas que ocasiona, durante o 1º trimestre da gestação é o verdadeiro terror das mães. As crianças podem nascer sem visão, com problemas cardíacos e limitações neurológicas e nada disso ocorreria se uma simples vacina fosse aplicada após os 10 meses de idade, ou até a época pré-nupcial. Ocorre que a grande maioria das gestantes que contraem rubéola, não apresenta filhos com os efeitos citados, só um percentual pequeno será acometido.

A que se deve esse fato? Se for verdade que esse dano ocorre pela estrutura do DNA, também é verdade que a predisposição do espírito reencarnante, está intimamente ligado a esse processo.

O espírito que já viveu aqui na terra inúmeras vezes, traz gravado energeticamente em núcleos de potenciação, os registros de suas aquisições anteriores e seus desatinos, que ao se unir com o óvulo, espelhará no mesmo, o nível do seu processo evolutivo.

Em resumo: O merecimento do espírito é que determinará sua imunidade ou não.

Com relação aos pais, só terão filhos acometidos de má formação congênita, aqueles que foram preparados para isso. Mesmo a nível inconsciente, todos são trabalhados pela espiritualidade, principalmente durante o sono físico.

A expulsão da entidade reencarnante, só determinará o agravamento dos débitos perante a lei universal.

ESTUPRO E ABORTAMENTO:

A lei brasileira permite, mas a doutrina espírita esclarece porque não se deve praticar o ABORTAMENTO.

A vítima é alguém que traz gravada em si mesma, marcas profundas de atitudes prejudiciais a seus irmãos, atitudes violentas, agressivas de crimes, nesta área.

O agressor, em seu desequilíbrio patológico, entra em sintonia com a vítima, pois no feto, existe algo que tem ressonância com a enfermidade psíquica do agressor.

O reencarnante é um ser que vive na mesma faixa de desequilíbrio do seu agressor.

É um espírito, que pelo ódio, se imanta magneticamente na aura do seu agressor. E como mãe e filho aprenderão a amar, o passado será esquecido.

Jamais o ESTUPRO foi programado. No entanto, o crime existindo, a espiritualidade sempre fará o máximo para, do mal, ser possível resultar algum bem.

Como já dito anteriormente, o ABORTAMENTO PROVOCADO, só aumentará os traumas e desequilíbrios em todos os envolvidos.

Todo e qualquer argumento para que um país aceite em sua legislação o ABORTAMENTO é devido à falta total de conhecimento do que é a vida verdadeira do espírito, vida sucessiva, da perfeição e das leis divinas.

Kardec afirma na codificação, que quando alguém diz ser materialista é porque desconhece a perfeição das leis naturais, a reencarnação e a sua justiça.

O pequenino feto no útero materno é uma

vida completa, não só apenas biológica, mas, principalmente, espiritual.

É um espírito que volta à existência terrena e quase sempre programada pelos próprios pais.

A falta de orientação sobre a reencarnação, a imortalidade do espírito, a deseducação total sobre sexualidade, o envolvimento cada vez maior de idéias erradas sobre o conceito de liberdade, levam a essa prática tão dolorosa. Mas, isso sempre ocorreu desde os tempos mais remotos e o ABORTO sempre sofreu controvérsias. A China antiga possuía receita para o ABORTAMENTO.

Hipócrates, que viveu 400 anos antes de Cristo, o maior médico da antiguidade, dizia que jamais ajudaria uma mulher a abortar. Sua ética médica está resumida no juramento que até hoje os médicos prestam antes de iniciar a arte de curar, mas, infelizmente, nem todos o cumprem.

Hoje, se fala de ABORTAMENTO EUGÊNICO, quando o feto tem má formação. A doutrina demonstra que essas más formações, são necessárias para o reequilíbrio do espírito.

A EUGENIA gerou tristes problemas na Alemanha Nazista. Em 1939, foi decidido que seriam mortas ou esterilizadas, as pessoas com defeitos congênitos. Aos poucos, o valor da vida caiu tanto, que matavam crianças que urinavam na cama, as que tinham orelhas mal formadas, dificuldade em aprender e outros pequenos problemas genéticos.

A Doutrina tem resposta para tudo isso. As más-formações do feto estão ligadas às provas e expiações pelas quais o espírito tem que passar. O ABORTAMENTO EUGÊNICO elimina a possibilidade de resgate de débitos de vidas pretéritas.

Quando se pratica o ABORTO EUGÊNICO, várias criaturas portadoras de problemas congênitos, perdem a oportunidade de prolongar suas vidas, isto através de transplante de órgãos, prática freqüente na medicina contemporânea.

Jorge Andréa, no livro PSI, faz a abordagem do processo inicial da gestação, quando o espermatozóide penetra o óvulo, transformando-o no ovo. São 300 milhões de espermatozóides para apenas uma célula feminina. 48 horas após a concepção, se pudéssemos ver, a olho nu, notaríamos que poucos continuam vivos. O que acontece com os milhões restantes, perderam-se?

Sendo o ABORTAMENTO a perda do produto de conjugação, essas energias sofrem processos que se refletirão no organismo feminino, trazendo para este, inúmeras conseqüências.

Os espermatozóides, ao serem injetados, no paroxismo do êxtase sexual, levariam consigo energias que permitiriam os respectivos deslocamentos nos condutos femininos. Mas, a quantidade dessas células, em cada ejaculação é imensa. Por isso, acreditamos que os espermatozóides, aos milhões, envolvendo o ovo e após o seu desaparecimento em volta do mesmo, continuaria a coroa ovular a ser sustentada e envolvida com energias específicas dessas células. Essas energias poderiam servir na solidificação de um campo de defesa, um verdadeiro escudo ou couraça vibratória, a fim de que o espírito reencarnante, deste modo, protegido, utilizasse para sua definitiva fixação nos cromossomos das células embrionárias, mais precisamente no gene, por onde o código genético teria a sua expressão.

Se pudéssemos ter uma visão do ovo nesta fase inicial, 48 horas após a fecundação, quase veríamos tantos espermatozóides vivos, porém, a medalha ovular, com intensa aura protetora impede que vibrações de outra categoria perturbem a harmonia do mais expressivo evento biológico.

Sendo o ABORTAMENTO a perda do produto de conjugação, as energias aí contidas, devem sofrer processos que se refletirão na organização feminina, com maior intensidade, se houver provocações.

O espírito, designado por motivos vários, a ocupar o cadinho reencarnatório, fá-lo, na maioria das vezes, em estado de sono, para não interferir no processo. É a nossa condição evolutiva que assim o exige.

No seu livro, GESTAÇÃO-SUBLIME INTERCÂMBIO, o Dr. Ricardo Di Bernardi, mostra-nos todos os processos de ABORTAMENTOS.

1º)ABORTO ESPONTÂNEO:

Ele nos mostra que ninguém é inocente, pai-mãe-filho, estão ligados nos processos de causa e efeito.

2º) ABORTOS APARENTEMENTE ESPONTÂNEOS:

Mas, provocados pela mãe: já concebemos a força do pensamento em criar o belo e destruir.

As ações mentais da gestante têm profunda repercussão sobre as ligações e as uniões energéticas do espírito reencarnante com o seu embrião. Há mães que odeiam o fato de estarem grávidas, motivadas por várias circunstâncias: dificuldade de relacionamento com o marido, situação sócio-econômica e outras mais.

3º) ABORTOS APARENTEMENTE ESPONTÂNEOS:

Provocados mentalmente pelo próprio espírito encarnante. Isto provém do medo que o próprio espírito encarnante tem de nascer, pelos seguintes fatos: espíritos que necessitam renascer com severas limitações físicas, apesar de terem sido orientados antes pelos mentores espirituais, da importância e necessidade desse processo.

Antipatia ou ódio, que sentem em relação àqueles com os quais irão conviver. Isso demonstra a necessidade da ligação familiar, para reajuste de débitos passados.

Pensemos nisso!

Todos nós voltaremos a nascer algum dia e um de nós poderá ser a próxima vítima.

Mães pratiquem o amor, não o ABORTAMENTO.

Que Deus a todos nos abençoe, sobretudo aquelas que são detentoras do mais belo dom que Ele lhes outorgou: a MATERNIDADE.

A Mãe ideal é aquela descrita no Velho Testamento, em Provérbios: XXXI, 10 a 31, cuja leitura indico a todas as Mães que são vocacionadas para a maternidade.

O HOMEM DE BEM

Para realização desta palestra no Centro Espírita Raios de Luz, compilei obras de vários autores.

Que Deus, Pai de bondade e misericórdia infinita abençoe a todos nós.

Um dos pré-requisitos para que sejamos incluídos no rol dos homens-de-bem é cumprirmos integralmente os ensinamentos do Cristo.

Iniciarei minha palestra, falando deste Espírito iluminado, filho de Deus, nosso Irmão Superior, que foi sem dúvidas o mais perfeito HOMEM que já habitou o planeta-terra, assim como a grande reserva moral e espiritual que o Pai nos enviou, para que, seguindo os seus exemplos, pudéssemos nos tornar ao longo dos tempos, homens-de-bem.

Acredito, que por mais incipientes e simples que sejamos, sabemos distinguir a bondade, a misericórdia, a soberania e o poder infinito desse Espírito, que se submeteu às mais terríveis humilhações, objetivando, com o seu gesto, nos ensinar que através da humildade, da dor e da resignação, promoveremos as nossas reformas íntimas, passaporte para uma vida eterna de felicidades.

Diante da sua magnitude, impossível enumerar todas as virtudes Desse homem a quem Deus incubiu a árdua missão de nos ensinar como trilharmos o caminho-do-bem.

Vários foram os mensageiros-do-bem que Ele nos enviou para nos auxiliar em nossas caminhadas, dentre os quais podemos citar os nomes de: Allan Kardec, Leon Dinis, Camille Flammarion, Chico Xavier, Madre Tereza de Calcutá, Dom Bosco, Dom Hélder Câmara, João Paulo II, Gandi, Buda, Dr. Bezerra de Menezes, André Luis, Antonio de Pádua, irmã Dulce e os cientistas: Pasteur, Kock, Hansen, Gran Bell, Santos Dumont, e tantos outros, os quais pelo que fizeram em benefício da humanidade, terão seus nomes arquivados na galeria dos homens inesquecíveis.

Faço um destaque especial a ALLAN KARDEC, que foi o homem escolhido por Jesus, para através dos Espíritos Superiores, codificar o espiritismo, transformando-o na doutrina que veio nos ensinar com clareza, nitidez cientifica e filosófica, o cristianismo redivivo, em sua essência e pureza, nos orientando para sermos considerados homens-de-bem.

Nosso contemporâneo e de muitos aqui presentes, em hipótese alguma, poderia deixar de ser citado como exemplo de homem-de-bem, o nosso querido e inesquecível CHICO XAVIER.

Chico, na sua simplicidade e humildade, foi um homem que nasceu predestinado a fazer o bem, indiscriminadamente. Deu-nos exemplo de como seguirmos os ensinamentos deixados por Cristo. Apesar de uma infância de sofrimentos e de uma velhice com a saúde bastante debilitada, viveu a serviço dos mais carentes. Ensinou-nos o caminho que nos proporciona a oportunidade de subirmos ao pódio dos homens-de-bem. Suportou todas as provas a que foi submetido com humildade e resignação. Nós espíritas, muito nos orgulhamos dessa figura de reputação intocável, cujo exemplo nos deixa envaidecidos.

Chico, como carinhosamente era tratado, por ser um espírito que compreendia a perfeição que mais aproximava o homem da Divindade, afirmava que o HOMEM DE BEM é aquele que: faz o bem sem olhar a quem; ama sem nada exigir; perdoa sem exigir condições; sabe sacrificar-se pela felicidade alheia; renuncia com alegria, ao que mais deseja; não espera reconhecimento pelo que faz; serve sem cansaço; apaga-se para que outros brilhem; silencia as aflições, ocultando as próprias lágrimas; retribui o mal, com o bem; é sempre o mesmo em qualquer situação; vive para ser útil aos semelhantes; agradece a cruz que carrega sobre os ombros; fala esclarecendo e ouve compreendendo; crê na verdade e procura ser justo.

Outro espírito que podemos classificar com sendo espírito de escol e que levou a maior parte da sua vida em defesa do bem foi Madre Tereza de Calcutá.

Esta cristã, no dia 10 de setembro de 1946, com 36 anos de idade, numa viagem que fazia de trem ao Himalaia, recebeu uma extraordinária iluminação interior, que a orientava a dedicar sua vida aos mais pobres dos pobres.

Depois de quebrar todos os protocolos da religião católica da qual era participante, conseguiu autorização dos seus superiores hierárquicos para abandonar o convento onde vivia e trabalhava e foi cumprir a determinação dada por DEUS.

A partir desse dia, levou sua vida em defesa dos doentes do corpo e do espírito, relegando a planos secundários, os seus interesses pessoais.

Outro exemplo de homem que muito contribuiu para o desenvolvimento moral e espiritual da humanidade foi Gandi.

Nascido na Índia, no ano de 1869, foi o maior defensor do seu país, na sangrenta guerra contra a Inglaterra. Conseguiu a libertação do seu povo, utilizando, em vez de armas, simplesmente o princípio da NÃO-VIOLÊNCIA. Foi um exemplo exponencial, de como fazer o bem ao próximo. Foi assassinado por um fanático religioso no dia 30 de janeiro de 1948, após uma cerimônia religiosa.

Outros homens que deram valiosa contribuição para o progresso da ciência e conseqüente melhoria no modo de vida da humanidade, foram os cientistas, entre os quais citamos: Pasteur, descobridor das bactérias (estafilococo, estreptocócus, pneumococo) e inventou a vacina anti-rábica, doença provocada pela mordida de alguns animais.

Kock, inventor da vacina contra a tuberculose, doença que dizimou milhões de seres humanos e que ainda hoje, se não tratada adequadamente, levará o indivíduo à morte.

Hansen, um médico e botânico Norueguês, que descobriu no ano de 1874, o bacilo de Hansen, doença infecciosa, já conhecida há 500 a.C pelos Gregos, com o nome de lepra.

Como exemplo de como FAZER-O-BEM- SEM-OLHAR-A-QUEM, narrarei um fato verídico, que aconteceu na famigerada guerra do Vietnã.

Aquela guerra deixou uma soma considerável de soldados mutilados e grande quantidade de guerreiros mortos.

Dentre os sobreviventes, um soldado estava, finalmente, voltando para casa. Porém, antes de embarcar para sua cidade, resolveu telefonar para os pais, solicitando-lhes permissão para levar consigo um amigo, sobrevivente da guerra. Os pais concordaram, acrescentando que adorariam conhecer o seu amigo. O filho volta a telefonar-lhes advertindo que o amigo foi terrivelmente ferido durante a batalha. No campo de luta, pisou numa mina e em conseqüência, perdeu um braço e uma perna. E, como não tem nenhum lugar para onde ir, gostaria que ele fosse morar conosco.

Depois de um breve silêncio no outro lado da linha, para surpresa do filho, veio a resposta dos pais dizendo-lhe que sentiam muito, e o que poderiam fazer era conseguir um lugar para ele morar. Mas, infelizmente, não podemos trazê-lo para o nosso lar.

O filho suplica à mãe e ao pai dizendo: Eu quero que ele more conosco.

O pai diz ao filho: você não sabe o que está

pedindo. Alguém em tal situação seria um pesado fardo para nós que já temos tantas dificuldades pra viver. Acho que você deve voltar para casa e esquecer esse amigo. Ele encontrará uma maneira de resolver o problema por aí mesmo, sem nos importunar.

Naquele momento o filho desligou o telefone. Os pais não ouviram mais nenhuma palavra do filho.

Poucos dias depois, receberam um telefonema da polícia, com a triste informação que o filho havia caído de um prédio e que tudo fazia crer, tratar-se de um suicídio.

Os pais, angustiados, tomaram um avião e foram ao encontro do filho querido.

Levados a identificar o corpo, descobriram, para horror de ambos, que o soldado mutilado era seu próprio filho.

Ambos sentiram, naquele momento, como se uma navalha cortasse-lhes os corações.

Refletindo melhor a tragédia, entenderam, embora, tardiamente, que o amigo mutilado que eles não quiseram receber, era ele, o próprio filho suicida.

Conclui-se que, FAZER-O-BEM-SEM- OLHAR-A-QUEM é a chave para aquele que deseja colaborar com Deus em todas as circunstâncias.

Considerando que todos somos filhos do mesmo pai, portanto, irmãos, devemos ajudar-nos reciprocamente.

Considerando, ainda, que voltamos ao corpo físico diversas vezes, em corpos diferentes, pela lei da reencarnação, ao negar amparo a alguém que nos é estranho, hoje, podemos estar desprezando um familiar querido de outras épocas.

Assim, devemos ajudar sempre na medida das nossas possibilidades, sem impormos condições, conforme nos ensinou Jesus.

O Evangelho Segundo o Espiritismo, com muita propriedade, no capítulo 17, nos faz uma explanação perfeita a respeito do que seja um HOMEM-DE-BEM.

Diz textualmente, que o homem de bem é aquele que busca incessantemente a perfeição, mesmo sendo sabedor das dificuldades que surgirão ao longo da sua caminhada, mas, não medirá esforço objetivando alcançá-la, mesmo sabendo que jamais atingirá a perfeição infinita.

Sabemos que somente Deus possui a perfeição infinita em todas as coisas. Nós somos apenas perfectíveis.

Assim, este ensinamento moral: sede perfeito como vosso Pai celestial é perfeito, tomado, textualmente, dá a entender a possibilidade de se atingir a perfeição absoluta. Se fosse dado à criatura ser tão perfeita quanto o Criador, a criatura se igualaria a Este, o que seria paradoxal.

Verseiro
Enviado por Verseiro em 14/07/2008
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