Uma estória curiosa

Uma estória curiosa

O homem em sua saga desmata; aterroriza a floresta,

Põe fogo; na natureza outrora com vida e em festa.

Passei pelo caminho quente as chamas estavam vivas.

Fogem os animais que com leves queimaduras se salvaram.

Aquele bebezinho amedrontado Um tatu bola;

Não sei ao certo, não me lembro dos traços do bichinho.

Não havia lido Alencastro, que explica os detalhes:

De como saber suas características, seus nomes.

Suas curiosidades, traços, cores e alimentos.

Assustado e cansado em meus braços o acolhi,

Escondido; nas minhas coisas num ônibus segui.

Ao chegar a casa, busquei alimenta-lo;

Improviso a mamadeira com o leite morno e com carinho;

Peguei no colo e toda desajeitada, consegui faze-lo;

Colocar o bico da mamadeira na boca e ia dando,

Gota a gota ao tatuzinho que aprendeu a se alimentar.

Sugando forte e apressadamente o leitinho.

Eu sabia então que ele sobreviveria solto no quintal,

Cavava buracos enormes onde se escondia.

Ficava desaparecido, mas, quando a fome apertava;

Seu ronco logo ouvia na área da sala, aparecia.

À mamadeira eu oferecia logo crescidinho comia

Outros alimentos, frutas, verduras, sobras de comida.

Com o tempo, não foi possível deixar solto então construímos;

Um chiqueirinho onde foi colocado sem liberdade o tatuzinho.

Seus buracos iam muito longe e seu ronco, parecia de um porquinho,

Durante esse tempo engordou, ficou forte, e tomava banho todo dia.

Ficando assim sempre muito limpinho e não gostava muito dessa prisão.

Um belo dia, no entanto conseguiu fugir e foi fazer seus buraquinhos.

Procura daqui, procura dali, e nada de se ter noticias;

Cadê o tatuzinho?

Passado algum tempo, descobrimos, fora achado por um vizinho.

Choramos muito a perda do nosso amiguinho

Que virou um prato especial na mesa desse cretino.

Um animal de estimação incomum...

Chegou ao nosso meio; por uma catástrofe criada pelo homem.

A devastação do meio ambiente de forma tão cruel e por fim;

Foi para o prato do vizinho que sem amor, não respeita a vida,

A verdadeira criação.

Saudades! Do meu tatuzinho.

Cilene de Castro Dano
Enviado por Cilene de Castro Dano em 10/08/2008
Código do texto: T1121704
Classificação de conteúdo: seguro