O CACHECOL DE ANINHA

O CACHECOL DE ANINHA

Nesse mundo de meu Deus existem todo tipo de coisas, e se as pessoas tentarem entender o porque disso ou daquilo, com certeza vão acabar ficando malucas; as pessoas são sempre diferentes umas das outras, e é ai que mora a graça da coisa, porque já pensou se todos fossem bonitos ou feios? Seria uma monotonia insuportável, e sabendo disso Nosso Senhor balançou o cesto da vida misturou tudo e todos, tornando o mundo muito mais divertido.

Durante a passagem da vida, vemos todo tipo de coisas e de pessoas: magros, gordos, altos, baixos, feios ou bonitos, mas essa historia que estou enrolando para contar, não tem nada a ver com beleza ou feiúra, porque Aninha era uma pessoa totalmente comum, estatura mediana, nem muito magra e nem muito gorda, era uma branquela de olhos azulados, que passaria desapercebida em qualquer lugar, se não fosse um pequeno detalhe.

O detalhe a que me refiro não era tão pequeno assim, pois a inexpressiva Aninha possuía o maior par de seios do planeta; não eram seios volumosos e nem pareciam bolas de futebol, ao contrario eram bem murchinhos, mas eram compridos como duas buchas vegetais tamanho família, aquelas tetas podiam amamentar varias crianças por dia e amamentavam mesmo, porque Aninha criava em duplas, só dava a luz gêmeos que se fartavam de tanto mamar.

O maior prazer da vida daquela mulher era ter filhos e cuidar deles, todos os anos ela presenteava ao marido com um casal de gêmeos, em cinco anos já eram dez, cinco meninos e cinco meninas e como a diferença de idade era muito pequena, todos mamavam nos fartos seios de Aninha, o que era bom para as finanças da família e também muito pratico, porque ela não precisava parar de trabalhar pra alimenta-los, porque eles mamavam de pé mesmo.

Aninha lavava roupas de pé, em frente a um toco de arvore onde se equilibrava uma bacia de latão, e as crianças faziam uma fila de cada lado se revezando nas mamadas, e depois se deitavam por ali mesmo e dormiam ao sol, de barrigas cheias e corações alegres; as tetas de Aninha eram também de grande utilidade no inverno, porque ele jogava a da direita sobre o ombro esquerdo, e a da esquerda sobre o ombro direito, e estava pronto o melhor cachecol que já se viu, por cima ela vestia um casaco e estamos conversados.

Maria Aparecida Felicori{Vó Fia}

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Vó Fia
Enviado por Vó Fia em 02/09/2008
Código do texto: T1157956
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