A MINHA ROSEIRA FENECEU!

Olho para a roseira... Ela está morta.

Agora só vejo os galhos secos, onde um dia houve vida. O verde se tornou cor de terra seca, já não balança seus galhos ao vento. Os poucos que ainda existem, se encontram túrgidos, e ao meu toque, acabam se quebrando...

Já não tem mais as folhas... Elas, que viviam a bailar ao receberem a chuva que as acariciava, caíram por terra, viraram humos para as próximas plantas do meu jardim.

Arranquei o que restava da minha roseira, olhei suas raízes retorcidas... Mortas... Senti um vazio, uma dor de saudade.

A roseira, enquanto viva, todos os dias eu a contemplava bem cedinho, ao dar o primeiro botão de rosa, fiz fotos para acompanhar seu crescimento. Um belo dia, ela me presenteou com mais dois botões. Nasceram juntinhos... Minhas rosas gêmeas, lindas, companheiras e faceiras. Guardo as fotografias que fiz delas também. Mas... Depois de me proporcionar alegria, prazer em admirar mais ainda a natureza... Terminou o seu ciclo por aqui, morreu, para no futuro fazer germinar outras plantas...

Mesmo com dor, quebrei o que restava de seu corpo seco... Lancei na terra, sei que com a chuva e sol, vai ser esfarelado e se tornará bom adubo...

Aprendi a lição: Enquanto há vida, devemos aproveitar os momentos, as oportunidades que nos são ofertadas. Não deixemos para amanhã, pois o amanhã... Quem sabe??? Como a roseira, que me deu flores lindas, morreu sem ao menos se despedir. Só que ela foi um diferencial para mim: Tenho os registros de sua passagem na terra, os retratos estão comigo, o prazer que em vida me ofertou é incalculável.

Agradeço a Deus por tudo isso, e a quem me presenteou com a roseira, pois mesmo sem saber, me deu o melhor presente que eu gostaria de receber.

E, apesar de ela ter morrido, trouxe vida para a minha vida.

" Quem poderá fazer aquele amor morrer

Se o amor é como um grão “! (Drão, Gilberto Gil)