Flautista Noturno

Ele pisava petalás. Eram de rosas brancas e vermelhas. Despontando tão vivas o cinza dominante da grande calçada no parque.

Sem pressa, serenamente, exalava música entorpecendo sentidos, embalando lembranças.

Ele sorria flautitando aquela velha canção "... eu quero ter um milhão de amigos e bem mais forte poder cantar..." e meu coração pulou eufórico.

Dançava cantante o Ipê rosa, criando um carpete de realeza natural ao chão. A lua cheia pediu licença as negras nuvens e sorriu ameralando o céu. O vento batia tambores ao fundo, e milhões de amigos me vieram a mente num segundo.

O repique das asas da garça branca, traçando reflexo claro as negra águas da lagoa, trouxeram o balanço das águas espelhando o sorriso da lua. E em mim, bem forte quiz ter um milhão de amigos novamente no refrão.

Ele passou, deixando a noite mágica e as árvores choronas dobradas ao meu redor; sussurando baixinho: - Se puredes a todas nós contar, mais de mil amigos saberá que terá.

Alias
Enviado por Alias em 14/09/2008
Código do texto: T1178113
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