A FUGA DO MENINO LOIRO

A FUGA DO MENINO LOIRO

Aquele garoto era pequeno no tamanho, mas grande na disposição para aprontar; era magro e de cabelos claros, aos quatro anos parecia um anjinho calmo e alegre, mas escondido naquele jeito suave, estava um esperto diabinho; Luizinho era adorado pela família toda, mas sempre tinha alguém de olho nele, porque era esperto demais.

O menino era mesmo muito engraçado, tudo que ele fazia causava as vezes grandes sustos, que acabavam sempre em boas risadas, mas depois de cada arte a família redobrava os cuidados e a vigilância, porque com ele era sempre perigoso cochilar, e as professoras da escolinha freqüentada por ele, viviam sempre alertas para evitar problemas.

Luizinho morava com seus pais e irmão em um bairro muito movimentado, e com um transito pesado; perto de sua casa ficava uma avenida com um grande movimento de carros e ônibus, e dois quarteirões abaixo estava a padaria onde a família se abastecia de pães, biscoitos, doces e salgadinhos e o menino adorava ir fazer compras com seu pai.

Certa manhã as compras foram feitas e voltaram para casa, mas o garoto voltou descontente, porque seu pai não quis comprar um pacote de salgadinhos amarelos que ele gostava muito, masque lhe causava crises de alergia; o pai explicou o motivo da recusa, mas ele não quis entender e foi para seu quarto emburrado.

O pai de Luizinho saiu para o trabalho, o irmão para o colégio e sua mãe foi cuidar de seus afazeres domésticos, Luizinho ficou brincando em seu quarto até a hora do almoço, mas quando a mãe foi chama-lo para tomar banho ele não estava lá; muito assustada ela o procurou pela casa toda e não o encontrou, ai ela entrou em pânico.

Correu para a rua e começou a descer a avenida, mas o avistou subindo carregando dois pacotes dos tais salgadinhos amarelos, ela correu e o pegou chorando de aflição, chegando em casa ela perguntou porque ele tinha saído escondido, e ele respondeu: fui na padaria buscar os salgadinhos que papai não comprou.

Quando o pai chegou do trabalho se zangou, disse que crianças não podem sair sozinhas e que ele seria castigado, e que o castigo seria não comer os salgadinhos e ir até a padaria, para se desculpar com o dono e devolver os mesmos, chegando na padaria ele disse: olha que eu levei ontem, me desculpa.

O comerciante não entendeu nada, mas o pai do menino contou o ocorrido, foi a vez dele se assustar pelo perigo corrido por Luizinho, e disse: não venha sozinho nunca mais, aprenda a usar o telefone que mando tudo que você pedir, está bem? Depois do susto, a família se divertia com os esforços do menino para telefonar; a verdade é que um Anjo da Guarda protege sempre as crianças travêssas.

Maria aparecida Felicori{Vó Fia}

Texto registrado no EDA

Vó Fia
Enviado por Vó Fia em 17/09/2008
Código do texto: T1183059
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