Por enquanto aqui nada.

Ok, minha namorada está esperando um telefonema meu e eu não ligo.

Ok, se você também está trocando sua namorada por algum refugio idiota, por favor fique à esquerda.

Tsc, tsc, tsc, tsc... tanto esforço pra nada. Queria uma vida e aqui estou: com vida, sem vida, amado e desamado. Flutuando entre o sim e o não, como é de se esperar de minha vida.

Tudo mentira, amor, deus, sua mãe, sua pai, esse texto, eu , você... blá, blá, blá.

“Um dia você será um escritor” - sua amiga gentil te fala. Mas não vai ser, você vai ser só mais um patético igual a mim e seu vizinho.

Quem você pensa que é?

Who do you think you are?

Vir até aqui e me dizer o que fazer e ser, como se já não houvesse outros heróis.

Eu sou a gloria, eu sou o ponto máximo de um ser humano.

Maior do que eu não há.

Então, quem é você para vir aqui e me dizer o que ser e fazer?

A verdade é que eu minto, eu sou um artista. Como todo grande artista, eu sei mentir.

Eu minto, eu minto, eu minto, eu minto.

Eu digo que amo! Eu digo que sou honesto! Digo que sou seu amigo!

Mas eu não prezo por nada disso. Não sei o que amor, não sei o é valor. Eu minto!

Para minha namorada esfrego na cara a infidelidade. Eu secando outras garotas, meninas adolescentes com seios duros e bundas fantásticas.

Não foi dessa vez, serão anos de sua vida perdidos com um cara que não preza nada.

Já perdi deus faz tempo, mesmo assim, quando furto algo me reprimo como se cometesse um pecado. Ai minha cabeça, que tormento, que culpa miserável.

Eu furto... não furto... eu preciso... eu tenho... não devo

Mas um dia vocês verão. Um dia vocês irão ouvir falar de mim.

Será minha glória. Já vejo eu: sentado ao lado de Deus... não... sem Deus... eu serei Deus. Seria eterno, imortal, serei minha superação.

Eu te odeio, odeio, odeio, odeio. Odeio você por ler e ler mais do que eu. Odeio os que não lêem, odeio os ignorantes, mas odeio os intelectuais. Odeio ricos, mas odeio os pobre. Eu odeio todos por fazerem isso de mim.

Transformaram-me num psicótico.

Perdi o sentido. Vivo no “Nonsense”.

A verdade é que eu minto. Mas no fundo eu sei, eu ouço dentro de mim a pobreza da minha alma. Sim, a cada minuto minha alma apodrece até chegar o ponto que irei desistir.

Será o melhor dia da minha vida, poderei ser eu sem mentir. Serei eu, somente eu.

Mate-me!

Plínio Platus
Enviado por Plínio Platus em 27/10/2008
Reeditado em 05/11/2008
Código do texto: T1250196