desculpe, foi engano!

2 horas da manhã. O telefone toca na casa da velha senhora. Morava com o único filho. Meio sonolenta atendeu-o.

- Quem será a essa hora?Alô!

- Alô (voz de homem do outro lado da linha), é da casa da dona...

- Mas o que o sr. deseja a essa hora, meu senhor??

- Eu quero saber se é da casa da dona Maria...?

- É, é ela quem está falando... o que o sr. deseja?

- Ah, minha senhora, eu nem sei como começar...

- Começa do começo (fica preocupada) e fala logo que já estou começando a ficar preocupada.

- Bem... eu nem sei como falar... está um pouco difícil pra mim...

- Por favor meu senhor, se é alguma brincadeira, preciso desligar...

- Não, não desligue... é sério... é sobre seu filho...

- M... meu filho? (assusta-se; o coração bate mais forte) o que aconteceu ao meu filho?

- Bem... ele... ele se envolveu num acidente e...

- Onde está meu filho, meu senhor, quem está falando (o coração quase saindo pela boca)

- Ele está no hospital, ainda não sabemos o estado geral dele...

- Em que hospital ele está? (começa a tremer)

- No pronto-socorro municipal...

- Meu senhor, eu não tenho como ir até lá, o senhor poderia me pegar aqui o mais breve possível? Estou começando a me sentir mal!

- Não se desespere, minha senhora, me dê o endereço que irei até aí!

- Rua dos Limões, 435, J. América... Por favor, venha rápido!

- Estarei aí em alguns minutos... não se preocupe!

Dali a instantes um carro estaciona frente ao número 435. um rapaz desce correndo e vai bater à porta, quando ele chega há algumas pessoas no local.

- É aqui que mora a dona Maria... ?

- Sim, é aqui mesmo, mas o que houve, meu senhor, ouvimos os gritos dela e vimos saber o que aconteceu.

- Eu que liguei pra ela... é sobre o filho dela que sofreu um acidente de trânsito.

- C... como, meu senhor?? Não posso acreditar... ela já sabe?

- Não, só disse que precisava falar com ela e preferi vir aqui pessoalmente.

Nesse momento sai uma mulher chorando de dentro da casa.

- O que houve, Márcia? A dona Maria José não está bem?

- Ela... ela não suportou a dor... acabou de falecer...

Dali a pouco chega um rapaz na casa e se assusta com a aglomeração de pessoas.

- O que acontece aqui?

- Uma triste notícia, Alfredo, sua mãe acaba de falecer.

- Mas como? Por que? O que houve?

O senhor que havia ligado para a mãe do rapaz se assusta e olha para ele sem entender “ele está vivo!!”.

- M... mas você não sofreu um acidente de carro?? Não está machucado?? – pergunta o senhor.

- Como pode ver (nervoso e preocupado) comigo nada e sim com minha mãe. (grita para outras pessoas) O que aconteceu à minha mãe?Eu quero vê-la (entra)

- Como é o nome dessa senhora que faleceu? – pergunta o senhor a um vizinho.

- Dona Maria José das Dores! Por que?

- P... poxa, mas por que não perguntei o nome completo dela?!?

- O que houve??

- Eu deveria ter me acalmado, af... afinal Maria é um nome tão comum... o telefone!! O telefone dela não é 3778-9400?

- Não! É 3779-8400!

“Não pode ser... não!! É muita coincidência...o que foi que eu fiz !?” O homem cai em estado de choque.

caçapava, 26/10/08

Ajosan
Enviado por Ajosan em 27/10/2008
Código do texto: T1250820
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