A MONTANHA MÁGICA

A caminhar pelo vão da tarde lacunar sem motivos de partida ou chegada apenas a caminhar... Insistência dolorosa em vislumbrar o fim da tarde. Adentra ao celiféro inebriante da veracidade sonhadora da qual jamais hei de deixar.

Os caminhos são tortuosos e ingrime como os sonhos que lhe acompanham olhos avistam a distância a grama verde macia como uma face nunca tocada.

Os pés já em ardência sentem dor em ali pisar o fim da tarde traz consigo a visão onírica de uma montanha mágica cercada por ciprestes e sombras a enfeitar a visão de meu caminhar.

O astro lunar clareia meu pulsar

Meu imaginar

Meu sonhar

Segue sem pensar apenas a desfrutar por dentre a montanha mágica que esconde em si os segredos de todas suas dores o ardor da descoberta é latente como uma rosa cor de sangue quando a cotejar.

As mãos tremem como se tocadas por anjos incandescentes todos a festejar a vinda de mais um ser quimérico em busca das revelações até então escondidas.

Ecos de canções em lamuria e felicidade se espalha criando atmosfera dispersa ater-se ao semblante majestoso da figura onipotente diante ao santuário da dor que traz em si a cura para âmagos feridos, estende-se pela relva fria sobre seu corpo e alma, o milagre da solidão o deixa .

Sua visão o transcende diante da noite de desejos realizadas dores sepultadas e amores reavivados.

Tudo durante o caminhar até a montanha mágica que sempre existira em si...

Sobes até a montanha mágica de sua imaginação e sentes o desejo realizado pulsando em ti como um coração desatinado...

Eperdus
Enviado por Eperdus em 24/04/2005
Código do texto: T12794