papel higiênico

a linha do horizonte urbana e bamba, e o sol bebum a absorvê-la devagar... eu sentado numa esquina do pátio brasil vendo o mundaréu de gente desesperada vai pra cá e vai pra lá, etc. E pensando sobre as diferenças entre todas aquelas vidas que passam, uns bebendo no boteco lá do outro lado, outros trabalhando sério, uns bobalhões conversando, com cara de bobalhões. e a diferença entre uma vida brilhante e uma vida medíocre é a mesma diferença entre um papel higiênico com cheirinho e enfeites e um sem porra nenhuma. e a conseqüência dos dois e das duas é exatamente a mesma. sorri, porque tive vontade de sorrir - ora bolas -, e me levantei e estiquei as costas, pensei na Isadora não sei porque, e nem de onde veio esse pensamento antigo como a poesia em incensos, e apanhei o ônibus, olhando pras pessoas e ouvindo Arnaldo Antunes falar de amor, o amor, essa coisa estranha e tal. sem me ligar muito nisso nem em nada além