Brisa

a brisa levinha da manhã, andando por aí depois do café e distribuindo bom-dia. realmente algo tão bonzinho e suave nos faz acordar de forma mais delicada, graciosa, de uma forma airosa como borboleta.

não há como pensar coisas tristes numa segunda de manhã, indo trabalhar calminho... como conceber a maldade? tudo é novo, tudo é limpo. e essa brisa, os lençóis de uma mulher.

brisa, sensação pura, como um suspiro de amor matinal. como um novo amor, sabor de amora, a brisa é o meu docinho dizendo “acorda”, lentamente, com uma carícia no pescoço e um abraço surpresa. devagarzinha, sorrateira, que de repente nos ilumina e passa, ficando o jeitinho bom no tato, no olfato, no paladar.

a brisa é uma gracinha, safadinha, até levanta um pouquinho as saias das belas passantes, ao que é respondida com um 'ui!'. ah, brisa, você é uma gata, amaciando os seres humanos com seu ronron de pedir mais carinho.

e eu vou voando sem asas tal qual folha na sua pele de mulher até o trabalho. e um último beijinho, espero que a gente se veja de novo em breve.