MUITA EXIGÊNCIA E TRUCULÊNCIA

MUITA EXIGÊNCIA E TRUCULÊNCIA

MOR

Foi um sonho, ou seria uma visão, numa noite tumultuada, acordei em plena madrugada, logo aquele sonho não saia da minha cabeça. Estava muito atordoado e logo peguei uma caneta e comecei a escrever aquilo que seria mais uma visão antevendo um tempo futuro, mas que tempo futuro, sem viver o presente.

Era um escritor, poeta de relevância em sua cidade parecia uma Acrópole brasileira em que reunia uma plêiade de pessoas de alto nível cultural, estas pessoas tinham uma sede construída no estilo da Acrópole grega.

Este grupo tinha uma Associação Prol a Libertação Cultural (ASPLIC), e ali se reuniam duas vezes por semana e debatiam temas culturais científicos e alguns tópicos políticos com relação à cultura da sua cidade. Aquele país desde o seu descobrimento nunca teve uma estabilidade bem democrática, tudo por diversos fatores, que não seria o ponto a debater neste momento.

O país vivia uma crise educacional, seu povo marginalizado, não tinha acesso a uma vida social a altura, era um país em que uma minoria rica comandava o resto, logo esta minoria era beneficiada de todas as mordomias que ali reinava.

Logo um governo que se mantinha por mais de uma década e meia no comando do país praticava um governo de monopólio disfarçado, subestimando toda e qualquer lei maior que tinha para ser observada.

O povo vivia a maior penúria diante daquela administração fraudulenta desregrada, como se tudo fosse com a casa da sogra, ou da viúva desvalida sem que alguém a protegesse. Em certa reunião resolveram fazer um debate em plena praça central da cidade e o assunto seria uma manifestação em prol da liberdade de expressão, pela ética dos governantes e pela aplicação do dinheiro arrecadado pelos tributos daquele país, logo preparam a agenda do que seria debatido entre o povo que circundavam a praça naquele dia.

O governo daquele país tinha criado uma Policia Urbana Social (PUS), que começava a atuar naquele momento antes do que tinha planejado a ASPLIC, na véspera da referida manifestação o governo edita uma Medida Autoritária exigindo que qualquer ato público tivesse que solicitar Policia Urbana Social (PUS) um autorização para realizar a referida manifestação.

Logo que o Presidente da Associação tomou conhecimento, foi até a sede da Policia Urbana Social (PUS), e lá saber como teria que ser redigido tal requerimento, e lá recebeu todas as informações necessárias e alguma até absurdas, e o requerimento deveria constar o nome da entidade, seu objetivo e o que ia ser debatido e no final tinha uma ressalva: Nada pode ser discutido sobre o governo do país nem tão pouco sobre a educação do povo deste país, e ainda mais muito menos sobre o sistema educacional, pois o país tem a educação que o povo merece, e ainda mais a Policia Urbana Social (PUS) estará de plantão em toda e qualquer manifestação perante a sociedade.

Feito o requerimento para a tal manifestação atendendo tudo o que a nova polícia exigia

Com a data marcada horário e tendo conhecimento das exigências do teor da manifestação. No dia anterior foi feita uma grande publicidade no rádio, na televisão e serviços de alto-falantes conclamando a população a comparecer na praça e assistir o debate cultural da Associação Prol a Libertação Cultural (ASPLIC).

No palanque armado na praça os representantes da Associação começaram os discursos.

Inicialmente o Presidente falou para todos os presentes o significado daquele debate, e deu por aberto os trabalhos daquela sessão. O primeiro a discursar no referido debate foi o secretário da Associação o seu tema era: Educação, um país se faz livro e uma boa educação, frisou que a educação é um bem perene, para todo cidadão, e é com este cidadão, que se forma uma Pátria independente e sólida, pediu ao governo que investisse mais na educação do seu povo, um povo educado e preparado logo esse povo seria o responsável pelo progresso técnico e cientifico deste país. Nesse momento a Policia Urbana Social (PUS), Achou que os organizadores estavam burlando a lei sobre a manifestação pública e tentou intervir, tentando retirar do palco os organizadores da manifestação, e nesse momento começa um quebra pau entre a Polícia e o povo que estava assistindo o debate, Prenderam o Presidente, o Secretário e a Comissão organizadora, levaram a Central de Polícia os detido onde foram interrogados e depois trancafiados no xadrez, dentre os presentes vários pessoas foram hospitalizadas com traumatismo craniano e hematomas de balas de borrachas.

Este não foi um final feliz daquele dia no país, pois a noticia correu os quatro cantos através do rádio e da televisão.

São José/SC, 13 de fevereiro de 2009.

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Asor
Enviado por Asor em 14/02/2009
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