O Conto da Bailarina

Parte XIII - A Despedida

O circo ainda estava armado, as peças ainda foram jogadas ao acaso. Não se sabem, mais os porque que foram explicitos no espetaculo. Muito diziam ao dono do picadeiro. Apesar da saudade baixa, a bailarina arrumava sua humilde maleta com os olhos rasos d´agua. Um pouco de pó de aroz no rosto, cabelo amarrado e sapatilhas penduradas no braço, ela se pôs a partir. Mais não se antes olhar lentamente, seu amor.

Sozinho, ele estava. No meu do picadeiro onde sua vida se fez, derramava uma simples e escondida lágrima. Ele sabia, mais não queria acreditar a partida da Bailarina. No banco do carro que fazia parte do espetaculo ele olhava perdido, mais olhava na fixação da imagem dela, seu amor.

Não houve palavras, apenas o pressentimento um do outro. Uma despedida sem sons, tons e com cheiro doce da lavanda de flores do campo que ela tanto amava. Ela partiu, sem olhar para trás, com o coração na mão, ela partiu. Apenas por saber que o seu amor, nunca fora seu fiel e derradeiro amor.

Mias ao longe fica a observar à atiradora de facas. Mulher mal amada, invejosa por natureza e perseverante. Que se molvada nos passos da bailarina para dar o bote no tolo palhaço...

Samara Lopes
Enviado por Samara Lopes em 28/04/2009
Reeditado em 28/04/2009
Código do texto: T1564931
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