UMA VIDA NO CABIDE

Falando sério...

"A cada cabeça, uma sentença"

De meia em meia hora, copo d'agua e canudinho.

E agora...

Vai doer, amargo pra valer, tem gosto de fel.

Descendo rasgando o véu, descortinando o céu, amanhecer

sem chance de colar na carne... Licenciado para consumo.

Eu te avisei...

Podia não ter chorado, saberia a hora de ir, subindo ou descendo a estrada; a saída era o destino.

Vai em frente...

Ergue-te, esqueça a entranha doente. Caminha que existe unguento

à frente e diferente. Vai te fazer ver a luz, ver sorriso na lama, achar que é de graça o caro, cortar laços e fitas, ler manuscritos antigos entender...nada é para sempre!

Arrebenta!

Agora, está mais claro, vejo até a luz do dia!

Esvaziar gavetas, trocar fitas e fios, dar a aquele o que de mim se perdeu. Encarar que é agora...

Do armário no ultimo quarto, onde todos se esconderam, de onde ninguém saiu, sacar com feroz, decisão, sem usar benevolência, desabrigar, as mazelas, tristezas e coisas não ditas.

Flagelar todas as iras, dos cantos os desencantos e a vida no cabide!

Cida Cortes
Enviado por Cida Cortes em 02/05/2009
Código do texto: T1572508
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