COELHINHO DA ÍNDIA

O que se ama, não deveria nunca desaparecer... até

mesmo um bichinho, cuja amizade e entendimento,

formam correntes e sinais na comunicação, elebo-

rando o “feedback” da vida. Tudo deveria ser eterno

e no que se estima, haveria constância e incomensu-

rabilidade. O tempo não marcaria o “requiem” da

despedida com seus passos rápidos e lúgubres. En-

tretanto, este, não respeita as pretensões: Para os mo-

vimentos, esfria o calor, apaga a visão, enrijece as fi-

bras- fixando a retina. Desmantela toda a estrutura fí-

sica, que ruindo, volta ao chão molhado ou seco; estia-

do ou orvalhado; empoeirado ou limpo – enfiando no

peito o mal-estar amotinado nos costais, como um ra-

dar que procura resposta, esvoaçando a mente. Ao bi-

chinho falta o raciocínio para justificar a fraqueza do

homem de se sentir forte apenas, para mostrar superio-

ridade – não de mãos limpas, mas, de arma em punho.

É ele que lhe determina o espaço, tirando-lhe o direito

de ser infiel, sem desaparecer devorado ironicamente.

Quando o mesmo chega a querê-lo, o aspecto que envol-

ve a distância desaparece a dar lugar a uma carinhosa for-

ma de vida.- É terrível a perda de um bichinho de estima-

cão – realidade tempestuosa, de difícil aceitação impos-

ta. Hipoteticamente, creio na ideia preconcebida de no

passado ter convivido no mundo dos bichinhos: Gosto

deles! Amo-os e até mesmo gostaria de ser um

COELHINHO DA ÍNDIA!

Zecar
Enviado por Zecar em 12/05/2005
Reeditado em 01/07/2016
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