Encontro Perfeito

“Olhei-te, não esperei que abrisse a boca para falar, mas sim para eu beijá-la. Doce, suave, leve, gostoso, assim foi o beijo que em mim você deu. Esperei que fosse bom, mas não maravilhoso. Houve uma troca intensa, amor e carinho, resultando em: encontro perfeito. Amei beijar teus lábios e senti-los meus. Sentir teu corpo quente ao encontro do meu. E aquela pegada suave em sua nuca, mostrando que é o detalhe que da o tom especial a melodia. Não esperava que aquele momento em mim fosse ficar guardado, mas ficou. Será que depois de apenas um beijo, posso dizer que o que sinto é amor? Veremos”.

Lúcia quando leu a carta ficou sem saber o que fazer. Nunca havia recebido algo tão lindo. Pensou em ligar para sua melhor amiga e ler a carta para ela. E foi o que fez.

-Gil ele me mandou um carta linda

-Estou bem também. Conta amiga

-É linda, vou ler para ti. Olhei-te...

-Nossa! Que sensibilidade ele tem, pensei que ele não fosse assim.

-Também pensei o mesmo, mas de uns dias para cá ele está cada vez mais romântico.

-Percebi amiga.

-O que devo fazer Gil?

-Falar com ele, o convida para sair.

-Vou fazer isso então, muito obrigada amiga.

Recém tinha desligado o telefone e sua mãe lhe chamou.

- Minha filha, de quem era aquela correspondência? Algo para mim ou para seu pai?

-Não mamãe, de uma amiga me convidando para os 15 dela.

-Tudo bem, e vai tratar de estudar menina.

-Estou indo mamãe.

Entrou em seu quarto, abriu a gaveta do seu bidê e tirou a foto dele e ficou analisando. Como podia ser tão lindo assim. Pensava ela. Alto, moreno, olhos cor de mel, e com uma sensibilidade sem igual. Ficava mais impressionada ainda pelo fato dele querer ela. Depois de ficar olhando a foto pegou o celular e deu um toque para ele. Logo em seguida ele mandou uma mensagem.

“Já te ligo Lú”

Lúcia aproveitou o tempo em que esperava a ligação para arrumar seu material para aula de inglês, às 19h00min. Estava pondo o estojo na mochila quando seu celular tocou.

-Oi Lú

-Oi Fá, como estás?

- Você ainda pergunta? Estou ótimo, como estaria de outra maneira depois de escutar essa voz maravilhosa.

-Ai para seu bobo, não começa.

-Bom se não queres acreditar.

-Amei a carta.

-que carta?

-Engraçadinho.

-Fico feliz que tenha gostado, foi de coração.

-Está perfeita, não acredito que foi para mim ela.

-Bom, eu acredito. Eu te amo Lú

-Lindo. Também te amo.

-Vou ali o meu irmão está me chamando.

-Tchau Fá.

-Tchau beijo

Lúcia desligou o telefone e se jogou na cama. Estava incrédula com o fato de estar a um passo de namorar o Fabrício.

Eram 16h00min horas, dava para dormir um pouco antes da aula de inglês. E foi o que ela fez.

-Lúcia acorda, vai se arrumar para aula minha filha, vai se atrasar.

- Que horas são?

- Faltam 15 minutos para sua aula.

-Nossa peguei dormi mais que o devido.

Lúcia ia caminhando para o curso, eram apenas duas quadras da sua casa. Ela estava atravessando a rua quando ouviu alguém lhe chamar.

-Lú! Ainda bem que te encontrei.

-O que aconteceu Gil?

-O Fá, ele não está bem

- Como assim?

- Venha comigo.

Lúcia ficou preocupada, passou pelo portão de casa e jogou a mochila para dentro. Começou a seguir Gil. Correrão até a parada de ônibus.

-Vamos até a casa dele.

-Tudo bem- respondeu Lúcia.

Chegaram ao portão da casa dela, bateram, bateram e ninguém atendeu. Depois de uns 10 minutos de tanta insistência uma mulher apareceu.

- O que vocês querem?

-Falar com o Fabrício.

-Ele não está.

-Aonde ele foi?- perguntou Lúcia

-Não interessa menina, ele não está.

-Não saio daqui enquanto você não me falar aonde ele está.

-Ele viajou.

-Muito obrigado.

A mulher entrou e Gil falou para Lúcia:

-Venha vamos ligar para o irmão dele.

-Alô , oi Fabio.

- Oi Lúcia tudo bem?

-Sim, onde está o Fabrício.

- Ele sai hoje depois que estava falando com alguém no telefone e não voltou mais. Liguei para Gil e falei isso para ela. Não sei se ela te contou.

-Muito obrigada, beijos querido.

Lúcia ligou para o Fabrício. Ele não atendeu na primeira vez, mas na segunda.

-Oi lú, venha até o ginásio do colégio.

-Como?

-Venha até aqui.

-Estou indo.

Lúcia começou a correr, Fabrício morava na frente do colégio.

Quando chegou no ginásio não acreditou no que viu.

“Sei que sozinho não somos nada.

Sei que ainda vai chegar.

Sei que jamais tu disseste que eu sou cara errado.

Sei que sabes o quanto me ama.

Sei que sonha comigo acordada.

Sei que pensa em mim ao olhar para o céu.

Sei que vibra quando lhe dou oi.

Sei que só fica forte ao meu lado.

Sei que faz juras de amor escondida.

Sei que espera eu pertencer ao teu corpo.

Sei que fala comigo de noite.

Sei que teus textos são para mim.

Sei que você sabe mais do que eu.

Sei que decorou os meus gostos.

Sei que sabe falar a minha língua, temos o mesmo dialeto.

Sei que não cansa de olhar a mesma foto.

Sei que sou um menino errado para pessoa certa

Sei que eu sou um sonho talvez impossível

Sei que passa o dia da mesma maneira

Sei que estuda os meus versos

Sei que ama o meu amar

Sei que adora quando estou sozinho

Sei que tudo que falei até agora é um desejo.

Sei que sozinho não somos nada.

Sei que quero ser teu namorado Lúcia.

Quer namorar comigo?”

Lúcia correu até onde estava o Fabrício e o beijou.

-Eu aceito ser sua namorada.

Carlos Chaves
Enviado por Carlos Chaves em 05/07/2009
Reeditado em 05/07/2009
Código do texto: T1684361
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