O TOMBO
Cap III
 
A PARTE BOA E A PARTE RUIM
 
Os Natais passaram a ter um endereço certo para todos nós, com Ceias de Meia-Noite em coberturas de nozes e decoração lindamente feita com umbigo de bananeiras frescas, fartos e perfumados ramos de murta, coloridos buganvilles, cachos de urucum e maracujás brilhantes.
O grande astro era o pinheiro que ultrapassava 12 m de altura, e o desafio era coroá-lo com bolas e luzes piscantes.
 
Amigas e amigos aguardavam com ansiedade os Feriados por conta dos meus convites para conhecer Pancas.
Foram muitas as festas de aniversário de familiares e festas sem nenhum motivo aparente.
Importante era a descontração.
 
Algumas simples e pequenas providências contribuiram para grandes resultados.
Redes e até uma piscina de plástico foram responsáveis por momentos que o lazer agradece.
 
E depois do Sr.Francisco que dava temperos para suas amigas, outras pessoas colaboraram em muito para a conservação da Chácara.
Lembro-me da Lúcia e da Cida do Nadir, parceiras sempre presentes em todos os momentos, cada uma com sua particularidade.
 
Essa alegria toda durou até final de 1996, quando motivos de ordem pessoal não mais me permitiam dar a costumeira e necessária atenção à casa e ao quintal.
Além do mais a Cida do Nadir havia comprado um sítio e já não podia cuidar da Chácara.
Preferi fechar a casa por um tempo, até melhor me organizar. Levei alguns objetos para a casa de minha mãe e planejei uma reforma geral na casa em meu retorno.
 
Esse foi meu erro.