O DESENCANTO DA ROSA

Andando pelo jardim observei muitas rosas cada uma

Mais formosa bonita como ninguém, ao zelador não

Convém escolher sua preferida, para não abrir feridas

Nas outras desqualificadas, nem por isto são taxadas

De possuir menor beleza, mas tem a delicadeza do ato

Da opção onde qualquer cidadão, precisa ter consciência

Um pedido de clemência, não se faz suficiente para o

Estrago vigente causado, pelo abandono de quem se

Sente sem trono preterido por alguém.

E pode nem ser verdade, que tenha havido uma escolha

Mas vai surgindo uma bolha, de pensamentos nefastos

Quando se vê o desastre já esta dimensionado, e o mundo

Desmantelado para esta criatura, que cheia de formosura

Se sente muito pior, que Saci de uma perna só, zarolho

Da boca torta e natureza exorta em prol da sua beleza

Mas ela só tem certeza, de ser amaldiçoada pós não foi

Selecionada como sendo a preferida, desta pessoa querida

A quem dedicou-lhe a vida, e entrando em desespero lança

Mão de um apelo ao pai do universo, se não fui merecedora

Do amor da protetora de todo este jardim, então só resta a

Mim murchar, e aceitar meu fim...

Miguel Jacó
Enviado por Miguel Jacó em 09/12/2009
Reeditado em 09/12/2009
Código do texto: T1968252