A lenda de um guerreiro

Há muitos anos, nasceu numa aldeia, um menino desprovido de pai; esta criança cresceu cercado pela mãe, rodeado de mimos e tudo que queria a velha lhe proporcionava mais porem um dia este menino amanheceu sozinho sem mãe que o abraçasse.

Sem ter ninguém que respondesse por ele nas suas oito primaveras ele se viu solitário, sua mãe de súbito partira para a terra dos mortos com isso seu mundo tornou-se vazio e sua vida sem esperança na dor de seu pranto. O pequenino curumim cresceu junto aos guerreiros da aldeia, aprendeu com cada um deles as artimanhas de lutas e de guerrilhas, sendo, dentre todos os guerreiros, o mais destemido e temido.

E com os sábios anciões aprendeu que sendo mais forte deve respeitar os mais fracos e com os mais fracos reconhecer neles a sua força e nunca se humilhar. Passadas eras e eras, homem já feito esta criança que se tornou guerreira se viu de ante de uma invasão em sua aldeia, onde todos os seus instrutores fugiram amedrontados com a morte perene que se aproximava. Mais ele não se acovardou muniu-se de sua lança, seu arco, suas flechas e de seu tacape e lutou bravamente com toda a sua fúria e revolta de estar só batalhando na defesa de sua tribo. Guerreou até quebrar sua lança, restando-lhe o arco as flechas e seu tacape, continuou lutando lançando suas flechas até se esgotarem. Daí o bravo guerreiro defensor de suas terras empunhou seu tacape investe contra os seus inimigos com seu ultimo armamento de defesa.

O grande guerreiro perdeu seu tacape que com ele derrotou muitos adversários sobre salto de mãos vazia mesmo assim ele esganou tantos quanto pode como não dando conta da guarnição sem lança, sem arco sem flechas e com as mãos dilaceradas pela força do inimigo, sobraram os pés para correr pra bem longe dali; mais ele não quis fugir, foi rodeado pelo os invasores quedou-se ajoelhando diante de todos, mas com a cabeça erguida para seus oponentes.

Só então ele se apercebeu que não tinha usado sua maior arma, sua mais poderosa ferramenta de luta, seu mundo rodopiou e de fronte baixa na eminência de seus inimigos rivais apossou-se desta arma e sem desespero abriu seu coração e de dentro dele tirou o amor próprio e dignidade.

Neste momento sem entender porque ou por qual razão aos seus inimigos o valente guerreiro pediu perdão.

E descobriu antes de morrer o significado das palavras amor e perdão.

valdison compositor
Enviado por valdison compositor em 07/01/2010
Reeditado em 28/01/2010
Código do texto: T2015597