Histórias Entrelaçadas Férias - 3° Parte

Não saberia definir como foi que recebeu a noticia de que ela iria viajar nas férias, sentiu uma sensação estranha, uma vontade de correr para sua casa ou para qualquer lugar.

Conseguiu disfarçar, sorriu e disse: "Que bom!".

Nossa ela estava super feliz, adorava ir à praia, nas ferias passadas não puderam ir, seu pai teve que trabalhar. Desta vez ele adiou as próprias férias para coincidir com as dela.

Falava sem parar, ele apenas escutava. Ela, de tão alegre nem percebia.

Deixou-a na porta de casa e foi correndo para a sua.

Entrou, lavou as mãos e veio à mesa para o almoço. A mãe perguntou se tudo bem, ele disse que sim, seu irmão iniciou uma conversa com a mãe, ele ficou meio de lado, longe pensando nela e na praia, na praia e nela.

-Ei Isidoro, ei menino! Era sua mãe, que foi esta tão longe.

-Nada mãe, só estava pensando que semana que vem estarei de férias, e queria saber o que vamos fazer, respondeu, perguntando.

Sua mãe pega de surpresa, respondeu que tudo dependia da vontade e do trabalho do pai, teriam que esperar por ele para saber a resposta.

As horas a esperar pelo pai, não passavam. Quando finalmente chegou, estranhou tanta alegria. Sua esposa quis saber como tinha sido seu dia, como de costume. Isidoro é que todo solicito, trouxe chinelos, perguntando varias vezes se precisava de alguma coisa. Cansado de dizer não, deu atenção a esposa, subindo para tomar banho antes do jantar.

Ao sair do banheiro, deu de cara com Isidoro, perguntando se estava tudo bem. Pegou Isidoro pelo braço, o fez sentar na cama, sentou a seu lado.

-Meu filho, o que foi? É algo sobre aquela menina que você quer me falar, como é mesmo o nome dela?

Isidoro nunca conversara com o pai, sobre Poesia, aliás, quase não conversava com pai sobre coisa alguma, por isto assustou-se. Seu pai percebeu, fez um carinho em seus cabelos.

-Sou seu pai, não sou tão presente como sua mãe, mas sou seu amigo, confie em mim como em sua mãe, em qualquer coisa.

Isidoro titubeou. Não é nada pai, só queria saber se vamos para praia nas férias. Vamos?

-Filho, falou o pai, nunca depende só da minha vontade, sou empregado precisamos de dinheiro, querer teu pai quer, mas nem sempre as coisas são como nós queremos, não é mesmo? Prometo a você que vou tentar.

No dia seguinte, logo cedo, Poesia veio se despedir. Percebendo que Isidoro estava muito triste, disse:” Bobinho, não fique assim, serão apenas dez dias, passam rápido, pensarei em você todos os dias. Se você ficar triste, eu também ficarei” Deu um beijo nele.

Isidoro a acompanhou até sua casa deu tchau e votos de boa viagem a toda família de Poesia.

Despediu-se dela desejando que fossem ótimas suas férias, e que Deus a proteja e traga de volta.

Isidoro Machado
Enviado por Isidoro Machado em 17/01/2010
Reeditado em 12/11/2010
Código do texto: T2034700
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