"O PODER DE UM SORRISO!"

Olá! Bom dia! Como vai? Olhei para o lado assustada e foi quando o vi sorrindo para mim.

E que sorriso! Em um segundo gravei sua fisionomia, também com um sorriso daqueles, sentado em uma cadeira na mesa do canto, tomando um café me ofereceu.

- Não obrigada! – disse-lhe, meio que sem graça.

Mesmo que não fosse fazer nada não aceitaria, não o conheço, nunca o vi por aqui ou talvez nunca tivesse reparado de sua presença – pensei.

E continuei ao chegar à esquina disfarcei e como não quer nada dei uma olhada para traz e lá estava ele sorrindo e acenando um leve tchau.

Sorri desconcertada, fiquei tão sem graça que até tropecei por pouco não fui ao chão.

Dessa vez nem ousei olhar de novo, tinha certeza que estava sorrindo do meu jeito todo atrapalhado, segui em frente, quando estava já perto da areia não resisti e caí na gargalhada, do meu jeito desengonçado, pensei meu Deus que mico... rs, mas porque fui olhar para traz e agora que vergonha, foi quando percebi que estava tremendo e o coração disparado.

Mas que droga é essa agora, o que é isso? Tremula coração disparado, a não menina de novo não, se liga se cuida.

Coloquei os fones e escutando CHER fui para minha caminhada na beirada do mar, nossa que delícia, todos os dias, sol ou chuva lá está ela caminhando na beirada do mar, por uma hora e meia para no fim cair na água e se refrescar, ali fica por alguns minutos, de volta para casa.

Foi aí na volta que me dei conta que teria que passar de novo por lá, pensei caramba se tivesse outra entrada, mas as duas entradas a social e a de serviço ficavam do mesmo lado, não ia ter jeito não, vou ter que passar por lá. Rezei para que ele não estivesse já tomou o café mesmo, ia morrer de vergonha não ia olhar mesmo, ainda bem que uso óculos escuros – pensei. Fiquei com medo de tropeçar de novo já pensou outro mico, dois em um só dia e em poucas horas? Ah isso não. Ao chegar à esquina procurei a mesa onde estava, mas graças não o vi, e assim continuei, mas para surpresa minha ele sai da cafeteria, com aquele sorriso, parece que fez até de propósito, pronto me atrapalhei toda de novo e quase tropecei no portão, pois tem que levantar bem o pé senão pro chão. Outro dia uma senhorinha quebrou o pé, nossa um horror deu pra ver direitinho o osso quebrado, mas um pouco e seria fratura exposta, fiquei bem impressionada nunca tinha visto, mas graças ao meu controle nada aconteceu, mas foi por pouco mesmo.

Fiquei fula da vida caramba esse aí vai ficar me tirando?

No final acabei dando uma boa gargalhada e aí fui, tomei meu banho, liguei o computador para ler meus e-mails e responde-los, mandar mensagens para meus amigos reais e parentes, amigos virtuais e navegar ler um pouco em um site de literatura, para desanuviar um pouco os micos passados... rs.

Cuidei da casa, meus afazeres e nesse dia não saí mais.

Na manhã seguinte como de costume, acordei cedo, acordo sem despertador e quase sempre na mesma hora, às vezes tomo meu lanche às vezes quando volto ou às vezes só como uma fruta e pronto.

Preparei-me, fiz alongamento como sempre e desci.

Ao sair no portão lá estava ele, sentado no mesmo lugar pensei - não acredito de novo? Como nunca havia reparado nele?

Olá! Bom dia! Tudo Bem? Servida? – essa não, só falta agora eu levar um tropicão, nunca mais vou caminhar na praia! Mas deu tudo certo dessa vez, dei um sorrisinho meio que amarelo agradeci e segui. Dessa vez olhei bem para ele por de traz dos óculos escuros, não estava vendo mesmo.

Meia idade, aparentando mais ou menos 58 anos, cabelos grisalhos, olhos me pareceram castanhos claros, barba bem feita curta, contornando seu rosto contrastando com seus cabelos, sobrancelhas ainda castanhos, com expressões delicadas que o passar do tempo deixou, os óculos de tão fino mal se via e também lhe deixava com ar de homem sério, não carrancudo, pois o sorriso estava sempre ali e chegava a brilhar, mas sério em caráter, em sua masculinidade, sério, mas risonho, alegre, parece que estava sempre de bom humor, aliás, como eu. Deve de ter mais ou menos um metro e oitenta por aí e o corpo forte não gordo, forte, reparei bem nas pernas quer dizer coxas pra ser bem exato, pois estava de shorts, bonitas, bem proporcional ao corpo, queimado do sol mas pouco, aquele bronzeado leve que lhe dava mais charme ainda.

Caramba quem será e o que quer? Que pergunta mais idiota fiz a mim mesma, deve de ser mais um galanteador do pedaço. Mais um dia, mais uma caminhada e o dia correu mais uma vez normal, na volta já não estava mais, nem sei se fiquei aliviada ou se fiquei chateada, me senti esquisita é essa a palavra certa esquisita.

Os dias foram passando e sempre a mesma coisa.

Olá! Bom dia? Servida? Sempre as mesmas perguntas e eu sempre a mesma resposta, às vezes na volta ele estava na mesma mesa às vezes não, mas sempre quando eu passava o sorriso estava ali, isso até que alegrava mais o meu dia!

Passou dias, semanas e um belo dia ele fez as mesmas perguntas, mas completou com mais uma: você tem alguém? Nessa hora ele estava de pé na calçada não tinha como não passar pertinho, pois ficou em um lugar bem estratégico, existem dois vasos e não tinha como desviar dele, parei olhei bem para ele e disse: - Não!

- Então podemos conversar mais tarde? E eu disse que sim.

Marcamos para no fim da tarde vamos ver o por do sol? Disse e respondi: Sim! É sempre tão lindo! E ele: como o seu sorriso!

Foi um fim de tarde muito bonito e alegre!

Estamos nos conhecendo por enquanto, devagar para não se machucar penso eu, mas por enquanto estamos nos dando bem e nos divertimos muito, damos muita risadas e os dias estão mais alegres agora com ele por perto!

Será para sempre?

Só o tempo dirá!

Vou torcer que sim!

(ficção, ilusão ou real, vocês é que dirão...rs)

ARACHIN
Enviado por ARACHIN em 15/02/2010
Código do texto: T2088343
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