Histórias Entrelaçadas "O Pesadelo-5° Parte"

"Levou à casa de seus sonhos, lá aonde queria que Poesia estivesse" 

 

Isidoro sentia-se incomodado com a presença constante de Ritinha em sua casa.

Sua mãe parecia se dar muito bem com ela, todo santo dia e dias não santos, estava em sua casa.

Ele saia assim que ela chegava, voltava para almoçar, saia novamente, se tivesse que ficar em casa trancava em seu quarto, só saindo quando ela fosse embora.

Fim de semana chegou e com ele, Poesia voltou, veio correndo à casa dele mostrar as fotos, que na praia tirou. Ao entrar viu Ritinha, cumprimentou-a perguntando por Isidoro.

Sua mãe foi chamar. Isidoro desceu as escadas rápido, se abraçaram como se estivessem sós, sem que percebessem se beijaram. Ritinha foi embora correndo. A mãe de Isidoro, mais por desencargo de consciência pediu que fossem mais devagar. Sentaram à mesa e enquanto tomavam café com bolo, viam as fotos, esquecendo de Ritinha.

Ritinha chegou chorando em sua casa, sua mãe e irmã quiseram saber o que tinha acontecido. Contou que viu Isidoro, seu namorado com outra. A mãe e irmã ficaram indignadas, tinham Isidoro em boa conta, as aparências enganam mesmo.

Ritinha foi para seu quarto, a mãe e irmã à casa de Isidoro.

A mãe dele ao atender a porta, perdeu logo o sorriso ao ver a cara de brava das duas, educadamente convidou-as para entrar. Assim que viram Isidoro e Poesia, perderam a calma e a compostura, dizendo cobras e lagartos a Isidoro, Poesia e a mãe dele, terminando por mostrar as fotos do passeio ao Zoológico, com os dois de mãos dadas.

Não houve chance de explicações, Poesia juntou suas fotos e chorando foi embora.

Isidoro, atônito nada pode fazer. Sua mãe esperou ambas cansarem de falar, quando tomou a palavra, o fez como todas fazem ao defender sua cria. Quando terminou não esperou as desculpas, decepcionada, apenas convidou-as a saírem.

Depois, abraçada a seu filho pediu desculpas, pois, houvera entendido a situação e nada fez.

Isidoro foi a casa de Poesia, mas ela não quis ver nem falar com ele, voltou arrasado. No dia seguinte retornou a casa dela, a mãe disse que tinha ido para a casa da avo e só retornaria dentro de uma semana, no final das férias.

Ele quase morreu. Desnorteado sem saber o que fazer, veio para sua casa. A mãe preocupada, pois, ele não dormira direito, tinha olheiras, não comia, andava triste, sem vontade de nada. Ela tinha ido a casa de Poesia, conversado com sua mãe, explicado tudo.

Após alguns dias, Isidoro foi a padaria, ao virar a esquina, deu de cara com um casal, ele com a mão sobre o ombro dela, ela com um saco de pães nos braços. Quando deu conta, estava encima do menino, enquanto a menina gritava para que ele parasse, o que fez quando conseguiu ouvir ela dizendo ser seu primo.

Quando levantou, chorando disse ela " Nunca mais quero ver, ouvir ou falar com você, Ti odeio".

Foi como se o mundo abrisse a seus pés e o engolisse.

O que tinha começado como um sonho, terminou como um pesadelo. 

Isidoro Machado
Enviado por Isidoro Machado em 18/02/2010
Reeditado em 12/11/2010
Código do texto: T2093350
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