FÊNIX - 14 /8/2006 - Mormanda - Lia de Sà Leitão

Tem dias que estamos dados a uma música especial, àquela que fez parte do momento decisivo, aquela que definiu o humor, aquela que defendeu espaços, até mesmo a mais aquela que baila solta nos lábios de quem assovia. Desejo a mais especial de todas; aquela que ainda não foi composta,

Amanheci assim, em busca da música especial para presentear o dia, o amor, brindar a vida. Eita papo bobo de apaixonado! Se o leitor questionar, se estou apaixonada direi sim! Estou mais que apaixonada. Fazer o quê? Fugir da situação e enfiar o pescoço no primeiro buraco que encontrar e passar a complexos de aveztruz? Retorno a resposta com mais uma questão, o que fazer? Pela primeira vez em muitos anos sob a terra que me faz um Dino adolescete da terceira idade, senti-me tão bem quanto a adolescente que veste sua calça jeans joga uma camiseta azul e se ilumina com a idéia de logo logo vai amanhecer e uma segunda feira ensolarada tomará conta do meu espaço e regerá meu destino para os braços a do amado ser. Pela primeira vez também estou envergonhada; escrever as sensações de prazer e emoções, impacientar-se com as horas de espera e respirar aliviada com a chegada do trabalho, como se o outro não tivesse compromissos outros.

Quando decidi escrever Fênix,não sabia ao certo qual tecitura dar ao texto, de felicidade, melancolia, renascimento, mas pelo visto nem eu estou entendendo as posições ilegais da paixão quando silenciamos a emoção. Li em algum lugar que só os bobos se apaixonam, concluo os bobos vivem melhor que os sabidos disso tenho certeza.

Escrevi escrevi, escrevi e se se procura algo consistente quado as normas da redação, ou a confecção do texto nada corresponde, daria uma nota feia para um aluno que entregasse algo sem conteúdo definido, qual seria a nota que daria a um aluno apaixonado que entregasse algo onde não houvesse coerência? Céus! Seria malvada, não perdoaria a prática normativa da teoria. Saaairia rabiscando todo o papel só para depois dizer, refaça seu texto, o aluno olharia pra mim e diria, foi o melhor que eu poude estou tão apaixonado que todas as minhas práticas e meu discursos se renovaram, estou feliz, sua nota, mera nota num papel renascido de sentimentos esquecido é a brutalidade daquilo que o homem constriu ao seu redor. Eu olharia para o aluno insensível e diria, no vestibular o censor não está preocupado com sua felicidade e sim com a estética e mais uma vez o aluno diria. Que bom! assim ele descobriria o que é escrever sem nexo, o que é compor sem necessáriamente saber o poema.